Acabo de ler Sapiens - Uma breve história da humanidade, autoria do historiador Yuval Noah Harari, também autor de Homo Deus e outras obras de repercussão mundial, razão de ocupar grandes espaços na mídia.

Em “Sapiens”, no capítulo intitulado “A Lei da Religião”, página 218, da 25ª edição, ele afirma: “(2) ‘Com base nessa ordem sobre-humana, a religião estabelece normas e valores que considera obrigatórios. Hoje, muitos ocidentais acreditam em fantasmas, fadas e reencarnação, mas essas crenças não dão origem a padrões morais e de comportamento. Sendo assim, não constituem uma religião.”

Todavia, cabe observar que, como ninguém é obrigado a obedecer a ninguém e a qualquer ordem, posto que somos livres para agir e pensar, porquanto, artífices da própria vida, o que nos obriga é tão somente a nossa consciência, onde está inscrita a Lei de Deus. Por sua vez, fantasmas, assombrações, fadas são espíritos nada interessados numa relação séria com os encarnados. Já, a reencarnação, um dos pilares da Doutrina Espírita, é uma realidade já proclamada por muitos homens da ciência. Quanto aos padrões morais a que alude Harari, tal como procede o Espiritismo em relação aos seus adeptos, não devem ser impostos, mas resultantes da iluminação das consciências, com base nos ensinamentos de Jesus.

E convém que nos lembremos: quando se estuda a lei da reencarnação - oportunidade de nos redimirmos de erros passados -, é indispensável se lhe associe a implacável lei de causa e efeito, justamente porque todos os nossos pensamentos e ações têm consequências morais, segundo a sua natureza.

Felipe Salomão