De tudo o que nos diz respeito à consciência de que existimos, a certeza da morte é o que mais incomoda os desprovidos de convicção espiritualista.
A Codificação Espírita, de Allan Kardec, prefere denominar a morte do corpo físico de desencarnação. Morto o corpo, o espírito se vê desencarnado, livre do envoltório material, de que, sucessivamente, se serve, até depurar-se.
Ainda que condicionada a aceitar que o corpo desaparecerá no túmulo, grande parcela humana evita falar dessa fatalidade. Vera Iaconelli, psicóloga, na sua coluna semanal, na Folha de 29 de outubro, acertadamente, aconselha que se fale da morte até com as crianças, que sempre indagam de onde viemos e para onde vamos. Considera o indisfarçável despreparo quanto às respostas que competem aos adultos e diz, ainda, que muitos preferem satisfazer-se com as alternativas: ou vamos para a terra, ou para o céu. Mas, daí nos sobraria a ideia de que não vamos para o céu, visto que todos vemos que o destino do nosso elemento tangível, o único para os materialistas, é sempre a terra.
Conscientizemo-nos! Somos espíritos a animarem os corpos que, temporariamente, nos servem de instrumentos de progresso moral, com ênfase também do padre Teilhard de Chardin: “não somos um corpo com um espírito. Somos um espírito vivenciando experiência material.”
Cumprem-se as sábias e justas leis de Deus, cujo escopo supremo é a perfeição. Todos vamos para a dimensão do espírito, de onde viemos e onde, conforme o merecimento, vivenciaremos o estado de felicidade ou infelicidade. “A cada um segundo as suas obras”, disse Jesus.
Felipe Salomão
Bacharel em Ciências Sociais, dir.Inst. de Divulgação Espírita de Franca
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