Os cerca de 300 servidores públicos municipais de Restinga ainda não receberam os salários referentes ao mês de novembro, que deveriam ter sido depositados na sexta-feira, dia 6. Os funcionários também correm o risco de ficarem sem a segunda parcela do 13º salário prevista para ser paga até o dia 20.
O transtorno não é causado por falta de dinheiro. Os recursos estão depositados nos cofres públicos. O motivo para o atraso é a resistência dos vereadores da oposição em aprovarem projeto de autoria do Executivo que autoriza a Prefeitura a fazer alterações no orçamento e, assim, efetuar o pagamento aos servidores.
O projeto deu entrada na Câmara dia 27 de novembro. A votação seria realizada na sessão do dia 3 de dezembro e, em caso de aval dos vereadores, o pagamento dos servidores seria feito no dia 6, como programado. Mas o vereador Donizete Montagnini, o Zetão, ex-prefeito da cidade, pediu vistas e foi seguido pelo bloco de oposição, o que adiou a votação e provocou o atraso no pagamento dos servidores.
Com a decisão, uma nova sessão extraordinária foi marcada para esta segunda-feira, 10. Uma discussão entre os vereadores de oposição e da bancada governista impediu a votação.
Os servidores da Educação prometem fazer um protesto nesta quarta-feira e ameaçam entrar em greve a partir de sexta-feira caso os salários não sejam pagos. Pressionada, a Câmara realizará sessão extraordinária, às 11 horas, para discutir o projeto. “Eu gostaria de já ter feito o pagamento. Nós temos mais do que o dinheiro necessário, só depende de a Câmara autorizar, mas os vereadores se recusam a votar por questões políticas. Enquanto eles ficam com picuinhas, os servidores estão sendo prejudicados”, disse o prefeito Amarildo Nascimento (MDB).
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