Os incêndios na Amazônia pautaram o noticiário e os debates políticos no Brasil e parte do mundo nos últimos dias. Sem dúvida, tema de grande relevância. Em Franca, não foram poucos os que se indignaram e que foram às redes sociais protestar e postar fotos de bichinhos.
Mas, enquanto preferimos culpar o Bolsonaro, fechamos os olhos para a nossa realidade e esquecemos de cuidar do nosso próprio quintal.
Os neo especialistas em meio ambiente de Franca têm na ponta da língua os dados referentes ao fogo na Amazônia. Alguém já se preocupou com os incêndios que queimam as áreas de preservação existentes em Franca? Vamos aos números.
Em 2018, o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater 336 incêndios em vegetação na cidade. Até o dia 25 de agosto deste ano, já haviam sido registradas 343 ocorrências, um caso a cada dia. O número atual de queimadas já é maior do que o verificado em 2018.
Não pensem os especialistas que foi apenas fogo de palha. Tivemos grandes incêndios, como o que destruiu uma área na Adhemar de Barros em julho e o que destruiu área de preservação permanente no jardim Piratininga dia 22 de agosto.
A quase totalidade dos incêndios aconteceu de forma intencional, ou seja, alguém pegou o fósforo e ateou fogo na vegetação. Além de ser crime, a prática piora a qualidade do ar agrava doenças respiratórias nestes dias de tempo seco. Desconheço se os órgãos competentes identificaram e multaram algum incendiário. É preciso de uma campanha de conscientização e maior rigor na fiscalização.
Falta educação
Não é só o fogo que preocupa. A cada edição do arrastão da limpeza, as equipes da Prefeitura recolhem cerca de 15 toneladas de tranqueiras, como sofá, televisão e armário velho, que são jogados pela população em calçadas, terrenos e áreas públicas. Todos os dias, pelo menos 15 bocas-de-lobo têm que ser limpas porque estão entupidas com sacolas plásticas, latas de cerveja e garrafas pet. A sujeira impede o escoamento das águas das chuvas, potencializando as enchentes. Na cidade há mais de 10 mil bocas-de-lobo.
Não caia em buracos, nem no córrego
Quietinho e sem fazer qualquer tipo de alarde, o prefeito Gilson de Souza (DEM) publicou decreto, quarta-feira, aumentando os preços dos serviços prestados por guincho. O rebocamento de Motos até 110 cc custará R$84,93, motos acima de 110 cc R$102,88, Automóveis, camionetas, furgões e veículos tipo Kombi R$120,81, Caminhões, ônibus e tratores R$224,89. O preço para quem cair nos córregos, buracos e atoleiros vai de R$ 224,89 a R$ 561,61. Detalhe: se for fora do horário de expediente, haverá 20% de acréscimo na taxa.
Lava Toga
Os senadores por São Paulo, Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrili (PSDB), assinaram o requerimento para instalar a CPI da Lava Toga, que tem a finalidade de investigar condutas ímprobas de membros do STF. Não imagino porque, mas José Serra (PSDB) pulou fora. As 27 assinaturas necessárias para a abertura foram alcançadas.
Operação Mercúrio
Os três empresários presos na operação do Gaeco em Franca durante a semana tinham escritório na rua Paulo César Pacheco, bairro São José, mas não têm relação com os postos de gasolina da cidade. Segundo o Ministério Público, eles são ligados ao grupo “Cinquentão” de Uberlândia e que está presente em mais de 20 cidades de São Paulo e Minas Gerais.
Juiz de respeito
O juiz das Varas do Júri, Execuções Criminais e da Infância e Juventude de Franca, José Rodrigues Arimatéa, recebeu o título de Cidadão Batataense na Câmara de Batatais sexta-feira. Nesta segunda-feira, ele será condecorado pela Câmara Municipal de São Paulo com a Medalha José Bonifácio. Arimatéa recebeu o título de Cidadão Francano em outubro de 2016.
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