
O significado original da palavra “museu” vem do idioma grego - mouseion. Seu sentido era o de “morada das musas”. As musas eram deusas lendárias que inspiravam os artistas. O primeiro prédio a receber esta denominação foi a Biblioteca de Alexandria destruída em 640 d. C. Com o tempo o sentido da palavra ampliou-se. Museu passou a designar o local onde uma cultura guarda e preserva sua memória, sua arte, os bens mais preciosos de um povo.
O Brasil tem mais de três mil museus para serem visitados. Os que ajudam a contar a história do país em documentos, mapas, objetos. Os que guardam costumes de uma região. Os que nos apresentam obras de arte. Os dedicados a determinado esporte. Os que nos levam a pensar no futuro e em novas tecnologias etc.
Seja qual for o tipo, seu papel é de enorme importância.
São Paulo é o estado que abriga o maior número de museus: são 517. Na capital está o famoso Masp, na Avenida Paulista. Seu acervo (tudo o que um museu tem para mostrar) abrange obras de arte italiana e francesa. Outro renomado é o do Futebol, que ajuda a contar e preservar a história deste esporte como expressão cultural no Brasil.
Na região norte, o Museu Amazônico em Manaus conta a história daquela região e tem biblioteca especializada em assuntos relacionados aos índios e à cultura local.
Em Minas, o Instituto Inhotim, aberto ao público em 2006, é propriedade particular. Muito visitado, ergue-se num lindo e gigantesco jardim. Grande parte das obras de arte contemporânea (aquela produzida em nosso tempo) fica exposta a céu aberto.
No Rio Grande do Sul, o MARGS conta com mais de 3.660 obras de arte gaúcha, que vão da primeira metade do século XIX até os dias atuais.
No Rio fica o Museu do Amanhã. Inaugurado em 2015, sua proposta principal é levar o visitante a explorações sobre como será o futuro baseado no que vivemos hoje. Ele tem recebido muitos visitantes. Crianças de Franca que lá foram disseram ter adorado.
O Rio de Janeiro abrigava também, até a noite do último domingo, o Museu Nacional, o maior em história natural e antropológica da América Latina. Foi fundado por Dom João VI em 1818. Estava completando 200 anos. Toda história e toda memória ali acumuladas por dois séculos viraram cinzas. Foi uma tragédia! Tanto pelo que significou de destruição de nosso patrimônio como pelo que revelou de descaso das nossas autoridades com a coisa pública.
Em Franca temos o Museu “José Chiachiri”. Ele fica num prédio antigo e bonito no centro de nossa cidade. No seu interior encontram-se objetos, documentos, livros, instrumentos, vestuário e obras de arte que mostram a evolução de nossa cidade desde o tempo dos tropeiros. Como o prédio corria riscos até de desabamento, o prefeito Gilson de Souza, atendendo pedidos dos responsáveis e apaixonados pelo museu, destinou uma verba de R$ 90 mil para a reforma do telhado, que deve começar nas próximas semanas. A Câmara Municipal aprovou também por unanimidade uma emenda dos vereadores Pastor Otávio Pinheiro e Correa Neves Junior, no valor de 775 mil reais, para uma reforma da estrutura, prevista para acontecer no ano que vem.
Dessa forma os francanos correm menos risco de serem surpreendidos por uma destruição como esta do Rio, que deixou a população brasileira muito entristecida. A negligência levou à perda de um patrimônio que não tem preço, porque quando a memória desaparece não há o que colocar no seu lugar, como bem expressou a menina goiana Luiza Silva Cruz, de 11 anos. Ela havia visitado o museu no ano passado, tendo-se encantado com o que viu. Triste, mas decidida a ajudar, Luiza chamou a atenção da mídia ao tentar auxiliar na reconstrução do museu vendendo rifas em sua escola. Valeu, Luiza!
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