
V ocê já deve ter percebido que em quase todo presépio aparece um jumento junto a outros bichos que cercam a manjedoura. Isso é porque na história bíblica foi este animal, conduzido pelas mãos de José, que carregou Maria até o lugar onde ela deu à luz o Menino Jesus. Anos depois, Jesus entraria em Jerusalém montado num jumento, uma representação que inspirou vários pintores.
O jumento é citado em documentos históricos muito antigos, evidenciando que é animal que tem contato com a espécie humana desde os tempos mais remotos. Durante séculos foi meio de transporte, animal de estimação, e era dado como herança, considerado bem valioso. No Brasil dos anos 1950 foi até tema de músicas de Luiz Gonzaga, o “rei do baião”. Hoje, entretanto, com a evolução dos meios de transporte, veem-se muitos destes animais soltos, abandonados, nas periferias das cidades, especialmente no Nordeste.
O jumento é conhecido também por dois outros nomes: asno e jegue. Ele habita quase todas as regiões do mundo. É animal muito resistente, de porte médio a pequeno, com orelhas de tamanho grande.
A cria do cruzamento do jumento com a égua se chama burro, caso seja do sexo masculino, e mula, caso seja fêmea. Fruto de um cruzamento entre espécies diferentes, estes animais são, geralmente, estéreis, ou seja, não se reproduzem.
Jumentos possuem menor estatura que mulas e burros, e exibem mais pelos. Esses indivíduos podem viver por até 40 anos, embora no Brasil a expectativa seja bem menor: aproximadamente 15 anos, em razão das mudanças ocorridas nas últimas décadas, decorrentes da globalização e que fizeram com que este animal, hoje, seja visto como sinônimo de atraso e lentidão.
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