
A palavra “escola” vem do grego “scholé” ( a pronúncia é escolé), que significa “lugar de ócio”. Ócio por sua vez quer dizer “tempo de repouso.” É até engraçado isso, pois escola, hoje, para nós, não é repouso, muito pelo contrário. Acontece que os antigos gregos iam à scholé/escola não por obrigação, mas quando tinham tempo livre para conversar. Existiam vários desses lugares na Grécia, onde eram encontrados diferentes filósofos (os professores da época). Cada um valorizava uma área do conhecimento. Havia a oratória (arte de falar em público), a poesia e a filosofia. Foi muito depois que matemática, história, ciências e geografia passaram a fazer parte do currículo.
Mas bem antes de os gregos criarem o conceito e a palavra “escola”, os sumérios, que moravam na região hoje conhecida como Oriente Médio , desenvolveram, por volta de 2500 aC, a escrita cuneiforme. Ela era ensinada num tipo de escola a funcionários do rei que deviam escrever textos, redigir leis e arquivar informações.
Na Grécia, por muito tempo, famílias mais ricas pagavam a um mestre para orientar as crianças nos estudos. Em 343 aC, o filósofo Aristóteles, por exemplo, tornou-se professor de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia.
Aos poucos foram surgindo espaços onde mestres ensinavam gramática, música, poesia, oratória e ginástica a quem estivesse interessado em aprender. E a pagar por isso. Mas não existiam salas de aula no sentido atual. Alunos e mestres se encontravam em praças onde conversavam. Ou então caminhavam enquanto discutiam algum assunto de interesse naquele momento. Este modelo durou oitocentos anos.
Foi no século 12 ( ali por volta de 1100) que surgiram na Europa as primeiras escolas nos moldes das atuais, com crianças nas carteiras e professores em salas de aula. No Brasil, a primeira escola foi fundada em 1549, em Salvador, por um grupo de padres jesuítas portugueses. Eles também fundaram a segunda, em 1554, no lugar chamado “Pátio do Colégio”, ao redor do qual nasceu a cidade de São Paulo. Os padres Nóbrega e Anchieta, mais alguns auxiliares, ensinavam as crianças indígenas a ler, escrever, contar. Ao mesmo tempo lhes davam lições de catecismo, falavam de Deus e de Jesus Cristo. A isso chamavam catequizar.
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