
Os bichinhos que detestam música voltam a atacar o piano do Joca na série musical. Com Joca, Clarinha, Vida e Vidinha, além dos impagáveis Cupim e Cupincha, aparecem novos personagens: Bartô, o folgadão; Exatix, o extraterrestre; Ratô, o detetive francês; Meia-Boca, o coral; e Queirós, o homem sem rosto. Juntos, eles estrelam mais 13 episódios repletos de traquinagens. Agora, as confusões entre o músico Joca e os dois cupins ficaram ainda mais divertidas, e eles continuam a atrapalhar o artista quando esse quer tocar seus instrumentos ou cantar e dançar.
Criada por Roberto Machado Júnior, a série de bonecos encanta pela musicalidade e pelas situações cada vez mais engraçadas. O elenco de vozes que dão fala aos bonecos é composto por conhecidos nomes, como os atores Álvaro Petersen (Celeste, do Castelo Rá-Tim-Bum), Edu Alves (Lola e João, do Cocoricó), Fernando Gomes (Júlio, do Cocoricó), Iara Jamra (Nina, do Rá Tim Bum), André Milano (Grover, da Sésamo), e Paulo Henrique (Come-Come, da Sésamo). Já nas canções, as interpretações são de Carla Masumoto, Graça Cunha e Marcos Sacramento. São mais de 140 canções ao longo de toda a série, compostas pelo músico carioca Paulo Baiano.
Os cupins da história são muito espertos e fazem a gente rir. Mas,na vida real, algumas espécies desses insetos pequeninos são de dar medo, pela destruição que podem causar.
“Um cupim sozinho não é nada criativo. Vai e vem ao acaso sem parar, carregando um grãozinho de terra, quando muito. Mas se juntarmos um grupo deles, tudo muda. Alguns vão se deter num ponto qualquer, demonstrar interesse pelo local. Ali depositam seu grãozinho de terra. O montinho atrai a atenção dos outros — e pronto todos entram numa atividade febril, cumprindo tarefas diferentes e bem determinadas.” Com este comentário, o cientista Mulyaert já nos dá uma dica para entendermos como os cupins trabalham: em sociedade.
A forma como se alimentam os cupins se chama “trofolaxia”.É um sistema de alimentação coletiva, que se distribui de indivíduo a indivíduo por contatos boca a boca. No exato momento em que as mandíbulas de dois cupins se tocam, uma minúscula gotinha se desprende da boca de um deles e passa para a do outro.
O cruzamento dos cupins se dá em ocasiões que você já deve ter presenciado: uma revoada de aleluias. São elas, formas aladas, que saem dos cupinzeiros para se cruzarem, em geral depois de uma chuva de verão. A revoada é rápida, mas é neste instante em que a nuvem de insetos está no ar que acontece o cruzamento.
Há mais de duas mil espécies de cupins. As mais conhecidas são aquelas que formam aglomerados de terra, os cupinzeiros. Outra espécie, extremamente nociva, ataca móveis e objetos feitos em madeira. As colônias mais comuns no meio urbano são estas, chamadas “cupins de madeira seca”, que se instalam dentro de móveis e peças de madeira. Quando as pessoas descobrem, o móvel de madeira está completamente oco. E desmorona.
Indígenas incluíam em sua dieta algumas espécies de cupim. Eles coletavam os insetos com funil feito de folha de bananeira. Depois os embrulhavam nessas folhas e os secavam no moquém- o lugar onde defumavam carne. Aliás, a palavra “cupim” é de origem tupi; os índios diziam “kopi”. Os portugueses fecharam a vogal “o” em “u” e anasalaram a sílaba “pi” que virou “pim.” Cupim.
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