
A estratégia usada por uma estudante que recebeu nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 levantou o debate sobre plágio.
A jovem teria usado frases que estavam em duas outras redações do Enem 2015 e 2014. Os textos dos quais a estudante retirou os trechos receberam notas mil e 980, ficando disponíveis na internet, como acontece com diversas redações bem sucedidas no exame. A intenção ao divulgar os textos é que os candidatos possam se orientar sobre a forma de escrever.
O Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, foi procurado pelo G1 para comentar o caso e disse que estuda a situação. A presidente do insituto, Maria Inês Fini, está viajando para a Suíça e definiu o episódio como "lamentável", pretendendo criar medidas que "dificultem" ações semelhantes. "Consideramos lamentável o episódio e um desrespeito aos jovens e adultos ainda em formação. O Inep adotará as necessárias providências para dificultar esse tipo de atitude que impacta negativamente no desenvolvimento ético de nossa juventude e população adulta e nos critérios de justiça e transparência dos processos de acesso ao ensino superior no Brasil", afirma ela.
A reportagem contatou os dois candidatos que tiveram trechos de seus textos copiados. Ambos defendem que a prática de recorrer a redações bem sucedidas no Enem é comum e não consideram que houve plágio. O professor Rafael Cunha, autor de uma dessas redações, teve uma frase inteira copiada na íntegra e alguns trechos. Já o estudante de Medicina Raphael de Souza teve duas frases copiadas.
A estudante, que teria copiado os textos, não quis falar com a reportagem.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.