Morreu Antônio de Pádua Falleiros


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Tonhão Falleiros terá Missa de Sétima Dia na Igreja de São Sebastião, dia 27, 19 horas
Tonhão Falleiros terá Missa de Sétima Dia na Igreja de São Sebastião, dia 27, 19 horas

“Não esqueceremos, jamais, as lições de superação que ele nos deixou”

Morreu por volta de 4 horas do dia 21, em sua casa, Antônio de Pádua Falleiros, o Tonhão, tradutor/intérprete, um dos precursores da informática em Franca e conhecido, sobretudo, por seus “dons auto-didáticos” que o levaram a ocupar postos relevantes em Franca e em São Paulo, inclusive, a empreender. Tinha 71 anos.

Fumante, Antônio teve problemas cardíacos e respiratórios que lhe tiraram boa parte da qualidade de vida. Nos dois últimos anos, crises respiratórias frequentes o levaram a um rosário de consultas e cirurgias, no HC de Ribeirão. Neste último mês, foi o quadro cardíaco dele que assustou a família. Semana passada, foi internado no Hospital Regional. Dia 20, constatou-se que havia pouco a fazer quando a aliviá-lo da descompensação física que se agravou dia após dia. Os médicos que o acompanhavam o liberaram à família. Ele morreria na madrugada do dia seguinte.

Era filho do professor, ex-vereador e diretor da Sociedade Vicentina de Franca, João Cândido Falleiros, e d. Hermantina Falleiros. Teve seis irmãos (Luiz Tadeu, falecido; Rita de Cássia, casada com Aparecido Machado, o piloto Cidinho; José Vanderlei, advogado, falecido; Júlio, casado com Maria José; Francisco de Assis, e Margarida, casada com José Barbosa).

Deixou viúva, depois de 50 anos de casamento completados em janeiro deste ano, a professora Elizabet Conceição de Senne Falleiros, que atuou até a aposentadoria na Escola Estadual “Otávio Martins de Souza”, e também no CEDE, em Cristais Paulista e São José da Bela Vista. Do enlace, três filhos (Marcelo, Luciana, casada com Vitor Rodrigues e Érica) e cinco netos (Dara, Ravi, Theo, Isabela e Leandro).

Tonhão nasceu em Passos (MG). Fez estudos fundamentais e médios em Amparo (SP) e em Franca, na Escola “Torquato Caleiro”. A determinação quanto a buscar o que queria, e dom para aprender rapidamente qualquer coisa que desejasse, o conduziram a falar inglês com fluência, a partir dos ensinamentos escolares. Essa qualidade lhe permitiu conseguir emprego na construção da Usina de Furnas, para atuar como tradutor/intérprete.

Mudou-se, alguns anos depois, para São Paulo. Lá, empregou-se na revista Manchete, onde atuou como fotógrafo e redator. Incansável, foi aprovado em certame aberto pela Ultragás, e tornou-se funcionário da empresa. Profundamente interessado por informática, pouco tempo depois já estava na Serma, a subsidiária da Ultragás que trabalhava com grandes sistemas mainframes. Foi reconhecido por Wilson Sábio de Mello, CEO da Samello, que o convidou a participar da estruturação da Misame, a área de informática da empresa. Aceitou, e trouxe a família para Franca.

Da Misame, tornou-se empreendedor, unindo-se a Marcos D’Elia e Roberto Gosuen para a criação da Datamaster, de prestação de serviço de informática para empresas e prefeituras. A empresa foi fechada quando os computadores pessoais invadiram o mercado. Tonhão se aposentou e passou a dedicar mais tempo às artes, hobby que, finalmente, podia levar adiante.

“Antônio tocava gaita, e muito bem. Não raramente seus amigos vinham buscá-lo para participar de rodadas musicais. Ele, entretanto, como a um menino, queria mais. Contratou um professor de teclado para aulas particulares, e também se matriculou em curso de pintura no Sesi. Pintou muito e seus quadros revelavam sua determinação e força, mesmas força e determinação com que enfrentou as dificuldades que a vida lhe apresentou”, disse Elizabet.

“Eu diria que as artes tornaram mais suportável seu sofrimento dos últimos tempos. Vibrava como uma criança que descobre mais, do mundo. Não esqueceremos as lições de superação que ele nos deixou”, disse sua mulher. A família de Tonhão agradeceu a médicos que o acompanharam nos últimos anos, especialmente os doutores Renato Figueiredo, Roberto Rached e Luiz Alfredo, de Franca; e Marcelo Lima, de São Paulo. “Foram mais que profissionais da saúde. Preocuparam-se verdadeiramente com ele. Tornaram-se seus amigos”, concluiu sua viúva.

Velório foi realizado no São Vicente de Paulo. Sepultamento, com serviços da Funerária Nova Franca, aconteceu dia 21, no Cemitério da Saudade. Na segunda-feira, dia 27, 19 horas, será celebrada Missa de Sétimo Dia por intenção de sua alma, na Igreja de São Sebastião, na Estação.

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