Duas pessoas morrem após ingestão de medicamentos


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Foto de arquivo mostra a fachada da Santa Casa que em menos de um mês registrou a segunda morte suspeita por uso de medicação não autorizada
Foto de arquivo mostra a fachada da Santa Casa que em menos de um mês registrou a segunda morte suspeita por uso de medicação não autorizada

A Santa Casa de Franca comunicou, na madrugada de ontem, a segunda morte suspeita de um paciente em menos de um mês provocada possivelmente por uso de medicação não autorizada.

Kelly Cristina Souza, 27, que morava no Parque Dom Pedro, estava internada desde a última sexta-feira para retirada da vesícula biliar (colecistectomia).

Na madrugada de ontem, ela foi encontrada por enfermeiros sentada no banheiro de seu quarto passando mal e com uma cartela faltando sete comprimidos de Amitriptilina - antidepressivo poderoso usado como bloqueador de ataques de pânico e transtornos de ansiedade e que se ingerido em superdose pode causar a morte, segundo bula do remédio, registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ela foi atendida, mas não resistiu as complicações e morreu.

Segundo a Polícia Civil, no último dia 18, Paulo Sérgio Lemos, 42, que residia no Jardim Palma, e estava internado no hospital para tratamento de uma descompensação renal crônica, também morreu em circunstância semelhantes. Funcionários do hospital encontraram em seu leito, uma cartela de comprimidos do composto Propanolol.

Ele é utilizado para pessoas que sofrem com problemas de pressão arterial. Nos dois óbitos, os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca.

Os dois casos foram registrados pela Polícia Civil e hoje estão na mesa do delegado responsável pelo 1º Distrito Policial de Franca. Luiz Carlos da Silva, chefe da unidade, falou ontem sobre o assunto. Ele disse que aguarda laudos da perícia para comprovar a morte por dose excessiva de medicamento.

“Esses laudos são feitos em Ribeirão Preto e demoram um pouco para chegar, pois é preciso examinar as vísceras da vítima e encontrar essas as substâncias em grande quantidade”, explicou. “Confirmada a overdose, devemos investigar quem levou esse remédio e se ficar constatado que houve participação intencional de outra pessoa em qualquer uma das mortes, esta pode ser acusada por instigação ao suicídio (Art. 122)”, comentou a autoridade policial.

A pena para este tipo de crime varia de dois a seis anos de prisão, segundo o Código Penal Brasileiro em sua sessão de crimes contra a pessoa.

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