Cadeia feminina do Jardim Guanabara abriga 9 condenadas


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Imagem de arquivo mostra celas da cadeia do Jardim Guanabara
Imagem de arquivo mostra celas da cadeia do Jardim Guanabara

A prisão feminina do Jardim Guanabara abriga atualmente 102 mulheres, sendo nove já sentenciadas pela Justiça. O cumprimento de pena em unidade prisional temporária é condenado pelo promotor público Odilon Nery Comodaro. Em entrevista concedida ontem à tarde, ele reiterou suas críticas a administração penitenciária do Estado que devido a falta de vagas permite que mulheres que cometeram crimes graves “contaminem” outras presas. “Fiz um pedido à Secretaria de Segurança Pública do Estado, mas não fui comunicado da decisão. Creio que até o mês que vem, não vão existir mais presas condenadas convivendo com presas comuns”, declarou.

Essa convivência, ainda segundo o promotor, é prejudicial pois permite que criminosas perigosas influenciem o comportamento de outras mulheres presas por delitos leves. “A regra é enviar a detenta condenada para uma penitenciária. Lá existe divisão por crime, por antecedentes, entre outras coisas que evitam que a pessoa com personalidade voltada para o crime interaja com outras mulheres comuns. A cadeia do Guanabara oferece uma estrutura física bem inferior a qualquer penitenciária feminina do Estado”, explicou.

Vagas em penitenciárias femininas é algo raro, ainda mais levando em consideração o aumento da participação de mulheres em delitos graves como tráfico de drogas e homicídios, passíveis de punição em regimes fechados. A cadeia pública feminina de Franca é a única da região e recebe mulheres com mandado de prisão preventivo e provisório das 17 cidades que compõe a Delegacia Seccional.

SEM PREVISÃO
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado não soube informar o andamento do pedido de transferência para as nove detentas francanas feito pelo promotor Comodaro. Assim, não há data para que elas sejam transferidas. Atualmente, existem 19 unidades prisionais exclusivas para mulheres em todo o Estado. A mais próxima fica em Ribeirão Preto.

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