
No último número do Clubinho dissemos que os índios legaram aos portugueses e, depois, aos brasileiros, um grande número de palavras que nomeavam bichos, plantas e lugares. Falamos que um desses nomes era jacaré e até aproveitamos para tratar do perfil do animal nesta coluna. Continuando, hoje falaremos da jaguatirica. Este substantivo, jaguatirica, é composto por dois pedaços de palavras: yaguara, que significa onça, e tiryk, que significa escapulir. Então, jaguatirica é “onça que escapole”, ou seja, que escapa fácil de qualquer armadilha. Ela é mesmo muito esperta, não se deixa prender facilmente, e quando acontece, dá um jeito de escapar. Mesmo assim vai se tornando cada vez mais rara e entrando na lista temida dos animais que correm risco de extinção. Os homens a vêm caçando cada vez mais, por causa de sua belíssima pele, usada para fazer tapetes e roupas. Apesar de proibida, a caça, principalmente no Nordeste, ocorre em abundância.
As jaguatiricas vivem em pares apenas em época de acasalamento. Depois disso, a fêmea expulsa o macho antes mesmo dos filhotes nascerem. É ela quem os cria. O desmame ocorre entre oito e 10 meses e o macho atinge maturidade sexual aos dois anos; as fêmeas, em um ano e meio. O período de gestação é de 70 dias. Nascem no máximo três filhotes que pesam aproximadamente 9 kg cada um.
Quando adulto o animal alcança 1,4m de altura e 15 kg de peso. Sua expectativa de vida é de 20 anos. Tem hábitos noturnos, embora possa caçar também durante o dia, quando está com muita fome. Vive nas matas, caçando aves e pequenos roedores no solo e em cima das árvores. Como é muito ágil, pula fácil de um galho a outro.
Com a destruição de seu meio ambiente pelo homem, impossibilitando-a de obter alimentos, a jaguatirica muitas vezes se aproxima dos centros urbanos, onde tenta sobreviver caçando animais domésticos.
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