Você faz tudo certinho: come pouco, respeita o intervalo de três em três horas para se alimentar, vai na academia com frequência, abdicou de refrigerante, fritura e não exagera nos doces e, mesmo assim, praticamente não viu nenhum resultado na balança. Enquanto isso, seu colega só tirou o chocolate e passou a fazer só uma caminhadinha de meia-hora e pronto, lá se foram vários quilos no mesmo período! O que será que aconteceu de errado? Será que foi metabolismo, genética, predisposição ou maldição do destino? Talvez a resposta esteja no comportamento.
Pelo menos é nisso que acredita a escritora Cristina Cairo. Em seu livro "Acabe com a Obesidade", a solução para a perda de peso está mais na cabeça do que na boca ou mesmo no corpo. Estudando ao longo de décadas as medicinas orientais, em especial a indiana e a egípcia, ela, que é formada em educação física e em psicologia, afirma, após observar o comportamento de milhares de pessoas em suas academias e atendimentos, que toda pessoa que engorda é porque está repetindo um padrão semelhante de comportamento.
Para ela tanto faz se a pessoa sempre foi gordinha, se só começou a engordar em uma fase da vida, se vem de família de obesos ou não, pois, de acordo com sua filosofia, é a parte emocional que realmente determina o acúmulo de gordura no corpo.
Em outras palavras, tal como um casulo, a pessoa que engorda cria uma proteção do mundo, relacionando seu apego às pessoas e situações com a gordura física, induzindo seu corpo a entender que é para reter ao invés de soltar. A escritora-psicóloga-professora-observadora-estudiosa do assunto defende que isso explica porque algumas pessoas comem normalmente e não engordam e outras comem o mesmo ou menos e continuam vendo os ponteiros da balança crescerem mês após mês.
Se ela está certa ou não, é difícil afirmar. O fato é que ela tem atraído público para seus cursos nos quais ensina a emagrecer. Engraçado, não? Em seus cursos, Cristina aconselha as pessoas a identificarem os padrões comportamentais que repetem todos os dias e as incentiva a modificá-los. Segundo ela, ao mudarem de comportamento, emagrecerão facilmente, afinal, dentro deste raciocínio, a parte psicológica é a causa de tudo e não o efeito.
Para Cristina, isso é o que leva a pessoa, automaticamente após a mudança de atitude, a ter mais ou menos vontade de comer e a acelerar ou diminuir seu metabolismo. Veja no quadro abaixo, sempre de acordo com a leitura de Cristina, as atitudes típicas de quem está engordando (ou que já engordou) e de quem é magro. Pode ser que funcione ou não, mas só de ler e tentar responder intimamente às pontuações de Cristina, você já faz um exercício de autoconhecimento. Veja:
O gordo
- Depois de tudo o que eu fiz, ninguém me agradece
- Eu gostaria tanto de ir nesse lugar, mas não queria ir sozinho
- Se eu não fizer isso, alguém ficará magoado
- Por que as pessoas não me entendem?
- Eu me sinto tão sobrecarregado!
- Não consigo dizer não
- Sinto culpa se decepcionar as pessoas
- Fico magoado quando são grossos comigo ou me ignoram
- Tenho medo de arriscar
- Sinto que me criticam e me importo com o que pensam de mim
- Quero que todos gostem de mim
- Eu hesito na hora de decidir
O magro
- Eu faço o que posso e não espero que me agradeçam
- Quando eu quero ir num lugar, eu vou, mesmo sozinho
- Eu faço o que é melhor para mim e não me deixo levar por chantagens emocionais
- Eu não me preocupo se me entendem ou não
- Se eu me sinto sobrecarregado, eu delego
- Eu digo não quando necessário
- Não sinto culpa se decepciono as pessoas
- Não fico magoado quando são grossos comigo ou me ignoram
- Eu tenho coragem
- Não me incomodo com o que pensam de mim
- Não preciso que todos gostem de mim
- Eu decido rapidamente
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.