Os moradores do Parque das Esmeraldas 2, fundado há quatro anos, estão revoltados com a falta de infraestrutura do bairro. Eles reclamam que as ruas não são sinalizadas, que praticamente não há orelhões e que os pontos de ônibus disponíveis no loteamento são insuficientes, sem contar a sujeira nos terrenos e a falta de parques infantis e praças para o lazer de crianças e adolescentes. Eles alegam que já entraram em contato com a prefeitura inúmeras vezes para que alguma providência fosse tomada, mas, que, até agora, nada foi feito.

O bairro tem quatro anos e possui 1.062 moradores, de acordo com o Cadastro Físico da Prefeitura, departamento ligado à Secretaria de Finanças. O principal problema é a falta de organização no trânsito. Não há placas nos cruzamentos, além da inexistência de pinturas no chão com a indicação de ‘pare’, o que acaba provocando acidentes. Para o comerciante Itamar da Silva Camargo, a situação já deveria estar solucionada. “Já passou da hora de alguém tomar uma atitude. Eu me recordo de três acidentes nos últimos dois meses aqui na rua. Os motoristas não sabem quando precisam parar ou de quem é a preferência”, disse.

A falta de identificação do nome das ruas também incomoda o comerciante. Durante dez minutos em que a reportagem esteve em seu local de trabalho, dois motoristas de caminhões pediram informações à Itamar sobre endereços do bairro. “Isso ocorre o dia todo. Perdemos a conta do número de pessoas que param aqui para se informar”.

Zacarias Soares Lopes é borracheiro e vive no Parque das Esmeraldas 2. Ele tem dois filhos e diz que não deixa as crianças brincarem na rua porque tem medo de que algo aconteça. “Aqui não tem parque, nem praça. As ruas não são sinalizadas e tem mato para todo lado. Não deixo meus filhos irem à rua de jeito nenhum”. Na semana passada, o filho de Zacarias encontrou um escorpião dentro de casa. “A sujeira é tanta que a gente vê bichos em qualquer lugar. Isso é muito perigoso”, disse Zacarias.

A filha de Zacarias, Letícia Soares Lopes, de seis anos, disse que o bairro não é bom para as crianças. Ela gostaria de brincar fora de casa e andar de bicicleta, mas o pai não permite. “Tenho bicicleta, mas não posso usar. Isso é muito chato. Queria que aqui tivesse um parquinho para eu brincar com meus amigos”.