A polícia registrou na última terça-feira uma ocorrência de agressão a uma criança de 5 anos dentro da sala de aula, no Bairro Cidade Nova. Os pais da aluna afirmaram que a professora esfregou uma folha de papel no rosto da menina. A Secretaria Municipal de Educação confirmou o episódio e disse ter advertido a servidora pública, que foi transferida e continuará lecionando em outra escola. A professora responderá a inquérito criminal na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) por lesão corporal.
A descoberta da agressão foi feita pela mãe da criança, a dona de casa ESG, 29, moradora na Vila Aparecida, ao buscar a filha na escola no final da manhã da última terça-feira. Aluna do primeiro ano de educação infantil na EMEI "Emília de Paula Taranteli", a aluna apresentava comportamento atípico e sequer conversava com a mãe. "Parecia que estava com medo. Somente em casa que ela contou. Fiquei desesperada e cheguei a pensar que fosse mentira da minha filha, mas infelizmente não era", disse a dona de casa.
Segundo a mãe, a menina foi agredida por ter feito errado uma lição e, ao usar uma borracha para apagar, teria borrado a folha de papel. A professora teria mandado que ela apagasse novamente a lição e, em seguida, teria se descontrolado e rasgado o papel. "Ela ficou nervosa e segundo a minha filha esfregou a lição na cara (sic) dela com força. Minha filha apresentava um arranhão no nariz, talvez pela força que ela fez com o papel", disse a dona de casa.
No mesmo dia, ESG procurou a escola para questionar se a agressão de fato havia ocorrido. "Falei com a professora e ela confessou que tinha feito aquilo. Veio me pedindo perdão e dizendo que tinha um nome a zelar. Isso me deixou revoltada. Nem na delegacia eles esfregam papel na cara dos bandidos. Minha filha não é criminosa", disse ESG. Diante da confirmação da professora, a dona de casa procurou a DDM e a denunciou. Na próxima semana o delegado Luiz Carlos de Almeida, que responde interinamente pela DDM, delegacia responsável pelo caso, deverá intimá-la para prestar depoimento.
A mãe cobrou providências também na Secretaria de Educação, que transferiu a funcionária e instaurou processo administrativo contra ela (leia mais nesta página). "Quero que tudo seja apurado. Ela não pode fazer isso com as crianças. No dia ela falou que estava com problemas e perdeu a noção. Isso não é justificativa. Nada justifica o que ela fez", desabafou a mãe.
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