Polícia adota sigilo sobre espancamento


| Tempo de leitura: 2 min
HOMEM DA LEI - Márcio Murari, delegado da DIG de Franca, é o responsável pelas investigações
HOMEM DA LEI - Márcio Murari, delegado da DIG de Franca, é o responsável pelas investigações
A Polícia Civil mantém em sigilo as investigações em torno das agressões contra o delegado Manir Martos Salomão, 42, crime ocorrido na madrugada de segunda-feira, em Patrocínio Paulista. Ontem, uma equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O delegado Márcio Murari, responsável pelo trabalho que apura a tentativa de homicídio, não fez comentários sobre o trabalho. Mauri de Camargo Segui, delegado seccional, passou parte do dia em Ribeirão Preto e não foi localizado. Salomão permanece internado no Hospital São Joaquim Unimed, em Franca. Na manhã de ontem, a reportagem procurou falar com familiares do delegado. Pelo segundo dia seguido, a mulher de Salomão não quis dar declarações sobre o ocorrido. Um amigo de trabalho do policial que o visitou na tarde de ontem revelou que seu rosto ainda está bastante inchado. O hospital não divulgou informações sobre o estado de saúde de Manir. Ontem uma equipe esteve na cidade de Patrocínio Paulista com objetivo de ouvir testemunhas e conseguir pistas que levassem aos agressores do policial. As ações foram mantidas em sigilo. Ainda na tarde de ontem, o Comércio manteve contato com os PMs que atenderam a ocorrência no dia dos fatos. Um deles declarou ainda não ter sido ouvido no caso. O delegado Manir Martos foi violentamente espancado e encontrado caído na porta do Esporte Clube Meia Noite. Ele estava inconsciente com ferimentos na cabeça e o maxilar quebrado. Testemunhas informaram à reportagem do Comércio, que o policial teria freqüentado momentos antes um show de pagode e axé, que acontecia no salão do clube. Manir teria se divertido no recinto, mas passou a apresentar comportamento inconveniente. "Ele estava um pouco alterado, pois havia consumido bebida alcoólica. Estava tocando pagode e ele queria ouvir Roberto Carlos. Começou a tumultuar e tentou quebrar a mesa de som. Os seguranças tiveram de colocá-lo para fora", disse uma mulher de 32 anos que estava no salão. Horas depois ele foi encontrado vítima de espancamento. Outra versão dá conta de que o delegado foi ao recinto a fim de pedir que abaixassem o som, que estaria muito alto. As testemunhas ouvidas pela reportagem também disseram que escutaram alguns gritos. Havia três casais próximo ao estabelecimento, que provavelmente viram as agressões. O depoimento destas pessoas será fundamental nas investigações. A polícia não informou se elas foram identificadas e intimadas na delegacia para contar o que viram.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários