Andando com muito estilo em um Fiat 147


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<b>ESPORTIVO</b> - Dois dos modelos feitos pelo mecânico Osmar Alves: o vermelho é um presente para a filha Jéssica
<b>ESPORTIVO</b> - Dois dos modelos feitos pelo mecânico Osmar Alves: o vermelho é um presente para a filha Jéssica
Uma das invenções mais lembradas do mundo do automobilismo com certeza é o Fiat 147. Produzido a partir de 1976, com inspiração no modelo 127 italiano, foi o primeiro carro da Fiat a ser feito no Brasil, em Betim (MG). Dada a época em que foi criado -tempos de crise do petróleo - foi destaque por ser o primeiro carro à álcool fabricado em série no mundo. O carro saiu de linha em 1986 e foi substituído pelo Uno em 1988, mas tem gente em Franca que, apaixonada pelo veículo, resolveu fazer uma releitura do automóvel. São casos em que a história do carro toca a história da própria família. Há cerca de 20 anos, o mecânico Osmar Alves Barbosa, 57, com a ajuda do irmão Dermeraldo Barbosa, adaptou um hatch 147 para o estilo conversível. Desde então já foram quatro unidades concluídas e uma em fase de acabamento. Para que a transformação acontecesse foram necessários 30 dias de trabalho para cada carro -incluindo funilaria e pintura terceirizadas com base no desenho elaborado por Osmar. Cada uma das “maravilhas” acabou tendo um destino diferente. A versão experimental, de cor branca, foi vendida no Rio de Janeiro, após uma viagem dos dois irmãos e mais dois amigos. Dois veículos acabaram sendo levados para São Paulo e o outro ficou pelo menos por dois anos com Osmar e seu irmão. que se lembra muito bem da época. “A gente ia muito pra Rifaina, Patrocínio Paulista, Araxá. Ah, se esse carro falasse!”, brinca Dermeraldo, mais conhecido pelo apelido de “Expixa” (com dois “x” mesmo), relembrando os velhos tempos. O carro foi restaurado com base em um 147 que tinha sido capotado e valia cerca de R$ 500 na época. Tem retrovisores do tipo grande angular, volante esportivo com detalhe amarelo e motor 1300 da versão 147 Rally. Depois dessa fase, o Fiat foi parar na garagem do comerciante e amigo Luiz Antunes Cintra, 59. Já são 16 anos desde então. O veículo modelo 77 hoje é mais utilizado pelo filho, o personal trainer Breno Antunes Cintra, 30. Mesmo depois de tanto tempo, tanto um quanto o outro desconversam quando se cogita a venda do carro. Agora Osmar, que é vidrado pela linha Fiat e só trabalha com carros dessa marca em sua oficina, está concluindo sua quinta versão. A próxima adaptação que está quase pronta é um presente de aniversário para sua filha Jéssica, de 15 anos, que sonha em ter o carro desde criança. O modelo tem bancos de couro sintético em preto e vermelho, rodas esportivas aro 13, retrovisores universais do Fusca, pintura vermelha tipo Ferrari e ainda pedais personalizados. A nova proprietária do veículo, que por enquanto só vai poder sair com o pai para curtir a máquina até completar os 18 anos, diz que chegaram a oferecer R$ 20 mil pelo carro. “Vou ainda colocar direção hidráulica, cinto de segurança de três pontas e motor 1500. Ainda falta a pintura ser perolizada”, afirma Osmar. Segundo o mecânico, veículos como esse custam mais de R$ 10 mil, já que demandam um detalhado trabalho de oficina.

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