Entre janeiro e setembro deste ano, o Programa Recâmbio, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas, viabilizou 192 viagens de retorno de pessoas em situação de rua às suas cidades de origem. A ação integra o BEM (Benefícios Eventuais) Campinas, política pública que garante apoio em situações específicas de vulnerabilidade, como nascimento, morte, calamidades e deslocamentos por motivo social.
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Segundo a secretária Vandecleya Moro, o programa representa um gesto concreto de solidariedade e cidadania. “Mais do que custear o deslocamento, o Recâmbio é uma oportunidade de recomeço para quem perdeu vínculos ou condições de permanecer na cidade”, afirmou. Para ela, “cada passagem concedida é uma chance de reconstrução de vida com segurança e amparo familiar”.
Os dados mostram que a região Sudeste concentrou quase metade dos pedidos (48%), com São Paulo (59) e Minas Gerais (23) liderando os destinos. O Nordeste respondeu por 21%, impulsionado pela Bahia (14) e Pernambuco (9). O Centro-Oeste teve 26 registros (13%), seguido pelo Sul (11%) e Norte (6%), com destaque para Rondônia (8).
No ranking geral, São Paulo aparece à frente com 59 autorizações, seguido de Minas Gerais (23), Bahia (14), Paraná (12) e Mato Grosso (11). Também se destacam Goiás e Pernambuco (9), Rondônia (8) e Rio de Janeiro e Maranhão (6). Estados como Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Sergipe registraram quatro casos cada.
O levantamento mostra ainda que Piracicaba, Araras e a capital paulista foram os principais destinos dentro do estado de São Paulo. Cuiabá concentrou a maior parte dos deslocamentos de Mato Grosso, enquanto Recife e Vilhena (RO) lideraram nas respectivas regiões.
O atendimento é feito pelas equipes da assistência social municipal, em parceria com a rede socioassistencial. O processo começa com entrevista social, identificação de familiares e compra da passagem. Em alguns casos, há apoio adicional com documentos e alimentação, garantindo que a viagem ocorra de forma segura e digna.
Comentários
1 Comentários
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Adilson Pedro Roveran 19/10/2025Gostaria de saber (a reportagem não esclarece) se todos os que foram embora, aderiram de livre e espontânea vontade ou se foi resultado de política higienista.