A estiagem severa que atinge Vinhedo em 2025 já pressiona os sistemas de captação de água, mas a Sanebavi garante que, por enquanto, não será necessário adotar racionamento. O município enfrenta um cenário de chuvas escassas há meses, e a autarquia reforça o alerta para o uso consciente por parte da população.
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Segundo os Boletins Hidrológicos do Consórcio PCJ, os últimos três meses foram críticos: em agosto, a chuva ficou 90,2% abaixo da média histórica e a vazão dos rios chegou a ser 50,3% menor que o esperado para o período. Em todo o ano, apenas abril registrou índices dentro ou acima da média.
A Sanebavi destaca que, mesmo com investimentos recentes para ampliar a infraestrutura hídrica, a recuperação dos mananciais depende exclusivamente do retorno das chuvas. A orientação é clara: evitar desperdícios como lavar calçadas, carros e regar jardins com mangueira. Atitudes simples — como reduzir o tempo de banho, reaproveitar água da máquina de lavar e fechar a torneira ao escovar os dentes — são consideradas fundamentais para garantir o abastecimento regular.
Obras e investimentos
Nos últimos anos, Vinhedo realizou intervenções importantes para ampliar a oferta de água:
- Represa 5: adicionou 90 milhões de litros de água bruta, com investimento de R$ 14 milhões;
- Nova adutora do Bom Jardim: interliga a região leste à Represa 1, reduzindo perdas;
- Desassoreamento da Represa 1: ampliou a capacidade de armazenamento;
- Adutora do Capivari: aumentou em 50% a capacidade de transporte de água;
- ETA 3: entrou em operação com capacidade para tratar até 200 litros por segundo (720 mil litros/hora);
- Obras na Capela: em andamento, incluem a ampliação da ETA 2, nova adutora de água bruta, um reservatório de 1,3 milhão de litros no Jardim Florido e a modernização do recalque Santa Cândida.
A Sanebavi ressalta que a manutenção do fornecimento regular depende da colaboração dos moradores. Caso os índices continuem em queda, medidas mais restritivas poderão ser avaliadas.