O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recebeu nesta semana, no Palácio dos Bandeirantes, uma comitiva da Unicamp liderada pelo reitor Paulo Cesar Montagner. No encontro, foi debatida a transformação da Área da Saúde da universidade em autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, medida que abre caminho para a ampliação gradual de cursos ao longo de 10 anos.

• Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.

Atualmente, a Unicamp compromete cerca de R$ 1,1 bilhão do seu orçamento com a área da Saúde. A ideia é que, com a mudança, haja uma redução progressiva dos recursos da reitoria para essa área, liberando espaço para novas formações acadêmicas.

O governador deu sinal verde para a elaboração de estudos técnicos e orçamentários, com prazo de 45 dias para entrega da primeira proposta. “Como exemplo das outras universidades paulistas, faz todo sentido essa proposta, que precisa ser bem planejada, inclusive como projeto de lei na Assembleia Legislativa”, afirmou Tarcísio.

O reitor reforçou que a iniciativa deve ser escalonada, seguindo modelo semelhante ao da Unesp de Botucatu. “Esse planejamento bem articulado começa amanhã com metas e com a elaboração de um grupo de trabalho, já que o dimensionamento dos novos cursos necessita de projetos pedagógicos, laboratórios modernos e planejamento de concursos”, explicou Montagner.

Novas áreas de formação

Montagner também destacou a intenção de criar novos cursos de engenharia e tecnologia, alguns inéditos no Brasil, com foco em agro e inteligência artificial. Ele defendeu que a região de Campinas, Piracicaba e Limeira é um polo tecnológico em expansão, que pode abrigar até uma nova escola de medicina.

O coordenador-geral da universidade, Fernando Coelho, avaliou que a proposta tem apoio crescente dentro da instituição. “O governador acolheu com satisfação e agora vamos tramitar em todas as esferas da universidade, com a participação de todos os segmentos representativos, porque é uma proposta que muda o financiamento da saúde na Unicamp após quase 50 anos”.