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PGJ reage a plano do PCC para assassinar promotor de Campinas

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Youtube
Empresários ligados ao PCC foram presos em Campinas por financiar plano contra promotor; PGJ reafirma apoio e promete reação firme.
Empresários ligados ao PCC foram presos em Campinas por financiar plano contra promotor; PGJ reafirma apoio e promete reação firme.

A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) de São Paulo divulgou nota oficial nesta sexta-feira (29) após a deflagração da Operação Pronta Resposta, que desarticulou um plano de execução contra o promotor Amauri Silveira Filho, integrante do Gaeco de Campinas, além de um comandante da Polícia Militar. A instituição classificou a ameaça como uma afronta direta ao Estado Democrático de Direito e prometeu “não recuar um centímetro” diante das ações do crime organizado.

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O Procurador-Geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que o apoio é irrestrito não apenas ao promotor alvo da emboscada, mas a todos os agentes públicos que combatem o crime. “Destemor é a marca dos promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo, que não recuarão sequer um centímetro no seu desiderato de cumprir as atribuições que lhes foram conferidas pela Constituição Federal”, declarou.

Empresários presos em Campinas

A investigação revelou que empresários da região financiaram o plano criminoso, em apoio a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram presos Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”, dono da loja Dragão Motors, e José Ricardo Ramos. Maurício é apontado como responsável por lavar dinheiro da facção por meio do comércio de motos. Já José Ricardo, do ramo de transportes, teria sido encarregado de monitorar os passos do promotor, identificar locais que ele frequentava e providenciar veículos blindados e operadores para a execução.

Articulador segue foragido

Um dos principais nomes do esquema, ligado à sintonia final do PCC e considerado um dos maiores operadores do tráfico no Brasil, Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão, segue foragido. As investigações apontam que ele estaria na Bolívia, de onde continuaria a coordenar as atividades ilícitas da facção.

Operação Pronta Resposta

Deflagrada pelo Gaeco e pelo 1º Baep de Campinas, a operação cumpriu três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. A Justiça também autorizou o bloqueio de bens e a apreensão de documentos que reforçam o vínculo dos empresários com o PCC.

A ameaça contra o promotor surgiu no contexto da Operação Linha Vermelha, que investiga crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. O plano previa a montagem de uma emboscada com armamento e veículos já adquiridos.

O caso segue em apuração para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.