Na manhã desta sexta-feira (29), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o 1º Baep de Campinas deflagraram a Operação Pronta Resposta, que desmantelou um plano de execução contra o promotor Amauri Silveira Filho e um comandante da Polícia Militar. O esquema, segundo as investigações, foi financiado por empresários da região ligados ao setor de veículos e transportes, em apoio a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
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A ameaça surgiu no contexto da Operação Linha Vermelha, conduzida pelo Gaeco há meses, que apura crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Para tentar frear as apurações, criminosos planejaram uma emboscada contra o promotor, providenciando veículos, armamento e a contratação de operadores.

Promotor Amauri Silveira Filho (Reprodução/Youtube)
O Ministério Público descobriu o plano a tempo e pediu à Justiça medidas urgentes. O juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas, autorizou três prisões temporárias e quatro mandados de busca e apreensão. Dois empresários foram presos, enquanto um dos principais articuladores, apontado como integrante da sintonia final do PCC e considerado um dos maiores operadores do tráfico no país, segue foragido. As investigações indicam que ele estaria escondido na Bolívia, de onde comandaria negócios ilícitos.
A operação, que mobilizou equipes do Baep e do Ministério Público de São Paulo, também resultou na apreensão de documentos e materiais que podem reforçar a acusação. O caso segue em apuração para identificar outros envolvidos no plano.