A Unicamp registrou crescimento expressivo na matrícula de estudantes com deficiência nos cursos de graduação em 2025, alcançando 6,05% do total de novos alunos. O dado representa um avanço em relação a 2024 (4,77%) e 2023 (3,82%), segundo balanço divulgado pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).

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O resultado está diretamente ligado à decisão do Conselho Universitário (Consu), que em setembro de 2024 aprovou um sistema de cotas específico para pessoas com deficiência. Com isso, a Unicamp tornou-se a primeira universidade estadual paulista a adotar essa política afirmativa. Neste primeiro ano, 22 estudantes foram beneficiados diretamente pelas novas cotas.

“Há a perspectiva de, no próximo ano, termos um número de vagas ainda mais robusto”, afirmou o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto. Para ele, os números refletem a consolidação de uma política inclusiva que tem ganhado força nos últimos anos.

O perfil dos novos ingressantes também mostra estabilidade na inclusão de estudantes da rede pública, que representam 45,95% dos matriculados, mantendo o patamar observado em anos anteriores (45,7% em 2022 e 45,4% em 2020). Pretos, pardos e indígenas somam 31,87% dos novos alunos.

Outro dado relevante é que 24% dos matriculados ingressaram por ações afirmativas, e 13,73% foram isentos da taxa de inscrição, benefício concedido pela universidade a candidatos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. As inscrições são gratuitas nas modalidades Vagas Olímpicas e Vestibular Indígena.

Em relação às formas de ingresso, o Vestibular tradicional segue como principal porta de entrada, com 75,51% dos novos alunos. O Enem-Unicamp foi responsável por 11,71%, o Provão Paulista por 5,57%, o Vestibular Indígena por 2,08% e as Vagas Olímpicas por 1,5%.