
A Casa da Criança Paralítica (CCP), de Campinas, lançou o projeto Empresa Amiga CCP, voltado para ampliar a participação das pequenas e médias empresas na sustentação financeira da instituição. O objetivo é dobrar a arrecadação via pessoas jurídicas, que atualmente representa apenas 2% da receita, conforme balanço de 2023, desconsiderando as destinações de Imposto de Renda.
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Atualmente, a CCP realiza 58 mil atendimentos por ano, a um custo médio de R$ 1,2 mil mensais por beneficiário, valor muito superior ao repasse do SUS, que destina R$ 10,50 por consulta, sem reajuste há quase duas décadas. Para cobrir essa defasagem, a instituição aposta na sensibilização de empresários locais.
A ação prevê quatro categorias de contribuição — Bronze, Prata, Ouro e Diamante —, com diferentes valores mensais. As empresas participantes receberão selos sociais, certificados, agradecimentos nas redes sociais e visibilidade na sede da CCP. As doações podem ser feitas por boleto, cartão ou PIX.
"Queremos que as empresas entendam que apoiar o terceiro setor é uma forma prática de incorporar o ‘S’ do ESG (Social) em suas estratégias, ganhando com isso reconhecimento e engajamento", explica Regiane Fayan, coordenadora de projetos e mobilização de recursos da instituição.
Com cerca de 184 mil empresas ativas em Campinas, o projeto foca nas PMEs, que também vêm sendo pressionadas por práticas de responsabilidade social. "Começar por uma contribuição recorrente e transformadora pode ser um passo acessível e importante", reforça Regiane.
A Casa da Criança Paralítica atua há 71 anos em Campinas e atende gratuitamente cerca de 400 crianças, adolescentes e jovens com deficiência física, oferecendo suporte em fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, odontologia, informática, serviço social e outros. Desde 2018, também conta com uma oficina ortopédica para adaptação de cadeiras de rodas, órteses e próteses.