ORÇAMENTO FAMILIAR

Como economizar na compra de alimentos em meio à inflação

Por Camila Bandeira |
| Tempo de leitura: 2 min
Adam Melnyk/Shutterstock
A alta dos preços dos alimentos pressiona o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda
A alta dos preços dos alimentos pressiona o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda

A alta generalizada dos preços dos alimentos está pressionando o orçamento das famílias. Nos últimos 12 meses, 75% dos itens da cesta de consumo subiram de preço, afetando principalmente os grupos de menor renda. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), os alimentos representam 22,6% do orçamento das famílias que ganham entre um e 1,5 salário mínimo, um aumento significativo em relação aos 18,4% de 2018.

Entre os produtos que mais subiram estão o abacate (alta de 50%), o alho (35%), a laranja-lima (30%) e a tangerina (28%). O custo da alimentação dentro de casa teve uma alta de 7,1%, enquanto comer fora ficou 6,72% mais caro, acima da inflação geral.

De acordo com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Simone Tebet, medidas governamentais devem aliviar a pressão sobre os preços nos próximos meses, impulsionadas por uma safra forte e maior oferta de alimentos. “Os alimentos que mais subiram são aqueles produtos que são mais caros para o coração ou para o paladar do povo brasileiro, que é o ovo, o café. Mas na safra do ano que vem teremos alívio. O agronegócio brasileiro esse ano vem muito forte e dará, inclusive, sustentabilidade ao nosso PIB”, afirma Simone Tebet.

O educador financeiro Willis Neves explica que algumas estratégias podem ajudar a reduzir os impactos da inflação nas compras de alimentos. “Planejamento e pesquisa são fundamentais. Comparar preços antes de comprar, seja em supermercados, feiras livres ou até mesmo na internet, pode gerar boas economias. Evitar compras com fome e sempre levar uma lista é essencial para impedir compras por impulso”, orienta.

Ele também sugere alternativas como a compra coletiva. “Unir-se a amigos ou familiares para compras em atacados pode garantir melhores preços. Para produtos não perecíveis, a compra mensal é vantajosa, enquanto para produtos frescos, a programação semanal é mais eficiente”.

Willis Neves alerta ainda para o cálculo de deslocamento. “Avaliar se o custo do transporte até supermercados com promoções compensa o desconto oferecido é importante para evitar gastos extras”.

Enquanto os preços não recuam, especialistas recomendam que consumidores adotem estratégias para manter o orçamento equilibrado e minimizar o impacto da inflação na alimentação.

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