A negociação salarial entre a Prefeitura de Birigui e o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais (Sisep) segue sem acordo às vésperas da data-base, que ocorre no dia 31 de março. Os principais impasses giram em torno do percentual de reajuste e sobre o prêmio de assiduidade que, na proposta feita pela administração, será descontado se o servidor faltar durante o mês de trabalho, enquanto a categoria se mobiliza para uma manifestação e assembleia na próxima sexta-feira, 29.

Durante entrevista a uma rádio de Araçatuba na quarta-feira, 27, a prefeita Samanta Borini (PSD) disse que, entre 15 de janeiro e 15 de março deste ano, foram registradas mais de 12 mil faltas entre os servidores municipais. “Parte dessas faltas é dos educadores, não de quem recebe o salário de R$ 1.500”, declarou.

A prefeita ressaltou que está aberta ao diálogo e à negociação com os servidores. “Estou lá no Paço Municipal para conversar. Se o Sisep quiser, estou à disposição”, afirmou.

Nova proposta e impacto financeiro

Na entrevista, Samanta detalhou a nova proposta da administração para o reajuste salarial: um aumento de 7%, sendo 2% a mais do que a oferta inicial. Segundo ela, essa elevação representaria um impacto de R$ 4 milhões ao ano nos cofres públicos.

O sindicato, por sua vez, já rejeitou essa proposta em reunião anterior e insiste em um percentual maior. O presidente do Sisep, Gilson Paulino, convocou os servidores para uma assembleia geral na sexta-feira, às 10h, em frente ao Paço Municipal, para discutir os rumos da mobilização.

Movimentação política e votação na Câmara

A prefeita se reuniu recentemente com quase todos os vereadores para tratar do impasse. Após análises jurídicas feitas pela Câmara Municipal e pelo setor jurídico da Prefeitura, o presidente da Câmara, Reginaldo Pereira (PL), confirmou a realização de uma sessão extraordinária na sexta-feira, às 18h, para votação dos projetos de revisão salarial.