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Quem era ‘Pane’, membro da elite do PCC morto em Campinas

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Artesp-Polícia Civil
Acusado por assaltos milionários e integrante da elite do PCC, Pane morreu em confronto com a PM na Rodovia Dom Pedro I.
Acusado por assaltos milionários e integrante da elite do PCC, Pane morreu em confronto com a PM na Rodovia Dom Pedro I.

André Ferreira Borges, conhecido como "Pane", era um dos criminosos mais procurados do Brasil e apontado como integrante da "restrita tática", a unidade de elite do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi morto na noite desta terça-feira (11) em confronto com a Polícia Militar, na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas. Segundo a polícia, ele atirou contra os agentes durante uma abordagem e foi baleado na troca de tiros.

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Considerado um dos principais articuladores de assaltos a bancos no país, Pane esteve envolvido em crimes de grande impacto, incluindo:

  • Mega-assalto em Araçatuba (2021): participou do ataque a bancos na cidade, quando criminosos fortemente armados sitiaram a região e usaram reféns como escudo humano.
  • Roubo em Uberaba (2019): fez parte do ataque a uma agência bancária que resultou em um roubo de R$ 40 milhões. Durante a fuga, houve confronto com a polícia, e uma jovem de 21 anos foi morta ao ser atingida por um disparo.
  • Ataque a bancos em Passos (2018): participou da ação criminosa contra agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Operação policial e morte em Campinas

A ação da polícia teve início após uma denúncia de que Pane estaria transportando armamento pesado de Americana para Campinas. Equipes do Comando de Operações Especiais (COE) monitoraram um veículo suspeito na Rodovia Dom Pedro I e tentaram uma abordagem na altura da Estrada dos Amarais. O suspeito não obedeceu à ordem de parada e abriu fogo contra os agentes, que revidaram.

Dentro do carro de Pane, a polícia encontrou um verdadeiro arsenal, incluindo:

  • Munições de calibre .50, capazes de derrubar um helicóptero – o mesmo tipo usado no ataque de Araçatuba;
  • Submetralhadora e carregadores de fuzil;
  • Luneta para armas de longo alcance;
  • R$ 23 mil e US$ 83 mil em espécie.

Carreira criminosa e ligação com criptoativos

Pane já havia sido preso em 2019 pelo ataque em Uberaba, mas ganhou liberdade no ano passado. Relatórios da Polícia Federal indicam que ele movimentava altos valores em criptoativos nos Estados Unidos, onde teria se refugiado nos últimos anos. Ele também utilizava veículos blindados para escapar de ataques e manter sua segurança.

O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de Campinas como morte decorrente de intervenção policial. A Polícia Civil investiga possíveis conexões com outras facções e a origem dos valores apreendidos.

Comentários

1 Comentários

  • AMIGO DA SOCIEDADE 12/03/2025
    ESSE CIDADÃO JÁ FOI ASSESSOR INDICADO POR UM VEREADOR NA PREFEITURA DE CAMPINAS E NA CÂMARA MUNICIPAL EM 2021, SÓ FAZER UMA PESQUISA NO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO NAS DATAS 25/02/21, 23/04/2021, 03/05/2021, 08/06/2021, 23/06/2021...