Campinas e região se consolidaram como o principal mercado imobiliário do Estado de São Paulo, com um crescimento de 22,8% nos lançamentos de imóveis em 2024, segundo levantamento do Secovi-SP em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Foram 13.277 novas unidades lançadas no ano, contra 10.814 em 2023.
- Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.
No último trimestre de 2024, a alta foi de 9,3%, com 4.167 imóveis lançados, colocando a região à frente de Ribeirão Preto, Grande São Paulo, Bauru e ABC no ranking estadual. Além disso, 76,3% das unidades lançadas foram do programa Minha Casa Minha Vida, enquanto 23,7% correspondem a imóveis de outros padrões.
Regulamentação impulsiona crescimento
A diretora do Secovi-SP Campinas, Kelma Camargo, atribui o bom desempenho à melhoria na legislação e maior agilidade na aprovação de empreendimentos. “O último trimestre de 2024 reflete um ano positivo para o mercado imobiliário, impulsionado por regras mais claras e atração de investimentos. No entanto, 2025 deve ser mais desafiador, com incertezas sobre taxas de juros, custos de insumos e mudanças nas legislações municipais”, afirmou.
Vendas e Valor Geral de Lançamentos
O Valor Global de Lançamentos (VGL) somou R$ 5,061 bilhões em 2024, um leve aumento de 0,5%. No entanto, no último trimestre, houve queda de 6,7%, passando de R$ 1,820 bilhão em 2023 para R$ 1,699 bilhão em 2024.
Já as vendas de imóveis cresceram 12,2% no quarto trimestre, totalizando 3.386 unidades comercializadas, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,610 bilhão, alta de 12,6%. No acumulado do ano, no entanto, as vendas recuaram 2,3%, fechando com 11.674 unidades negociadas, enquanto o VGV caiu 4,2%, de R$ 5,327 bilhões em 2023 para R$ 5,102 bilhões em 2024.
Perspectivas para 2025
Apesar dos números positivos, o mercado imobiliário de Campinas pode enfrentar desafios em 2025, devido à volatilidade da taxa de juros, aumento dos custos de construção e mudanças nas regras urbanísticas municipais. Mesmo assim, a cidade segue como um dos principais polos imobiliários do Estado, com oportunidades tanto para investidores quanto para compradores.