SAIU DA PAUTA

Votação do PIDS é adiada; governo Dário queria aprovação este ano

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Facebook
Volume de emendas apresentadas – 46 no total, com alterações em 105 artigos – inviabilizou a análise técnica e jurídica dentro do prazo
Volume de emendas apresentadas – 46 no total, com alterações em 105 artigos – inviabilizou a análise técnica e jurídica dentro do prazo

A votação do projeto de lei que cria o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) em Barão Geraldo, Campinas, será adiada para fevereiro de 2025. O governo Dário Saadi tinha como objetivo aprovar a proposta ainda este ano, mas o volume de emendas apresentadas – 46 no total, com alterações em 105 artigos – inviabilizou a análise técnica e jurídica dentro do prazo, segundo a Secretaria de Urbanismo.

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A decisão de pedir o adiamento da votação busca garantir maior transparência e a análise detalhada das mudanças sugeridas, além de abrir espaço para o diálogo com os vereadores eleitos para a próxima legislatura, que assumem em 2025. A secretária de Urbanismo, Carolina Baracat, destacou a necessidade de dar ampla publicidade às sugestões recebidas.

O projeto foi debatido em 2024, com 12 encontros em Barão Geraldo e duas audiências públicas na Câmara Municipal, realizadas em outubro e novembro. No entanto, a complexidade da proposta, que inclui mudanças significativas no zoneamento e questões ambientais, exige mais tempo para ajustes e consenso. A oposição é contrária ao PIDS, pois, segundo os vereadores de esquerda, a proposta do governo Dário atende aos anseios da especulação imobiliária e ataca o meio ambiente.

O que propõe o PIDS

O PIDS abrange uma área de 17 milhões de metros quadrados, que inclui o polo de alta tecnologia, a Unicamp, a PUC-Campinas e o futuro Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). Entre as principais mudanças propostas estão a redução de altura das construções na área de ampliação do polo – de 12 para 4 andares –, a criação do Parque Ambiental Anhumas e o incentivo a mobilidade sustentável, com ciclovias e calçadas mais largas.

Na área central do PIDS, que engloba o Ciatec 2 e as universidades, as regras permitem construções de até 7 pavimentos, sem limite de altura. O projeto tem como objetivo alinhar o desenvolvimento urbano às metas da Agenda 2030 da ONU, promovendo inovação e sustentabilidade em parceria com instituições nacionais e internacionais.

Próximos passos

A Prefeitura analisará todas as emendas apresentadas e promoverá diálogos com a nova legislatura, que assumirá em janeiro de 2025. O adiamento da votação é uma tentativa de construir um consenso que atenda às demandas, ao mesmo tempo em que mantém os pilares do projeto do Quarto Andar.

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