O frio está dando seus últimos suspiros em Campinas, e a cidade está prestes a ser tomada por uma onda de calor digna de verão. Se você estava se perguntando quando essa “friaca” iria embora, a resposta pode estar mais próxima do que você imagina.

O frio é um verdadeiro divisor de opiniões. Existem os fãs do agasalho, aqueles que abraçam a estação fria, e os que mal podem esperar para ver o termômetro subir. De vez em quando, o clima colabora e põe um ponto final na discussão. O dia amanhece frio e à tarde faz calor. “Tem oscilação o dia todo, né? Praticamente de manhã ‘tá’ frio, no meio do almoço ‘tá’ gostoso, e à noite frio de novo. Aí tira a camisa e coloca a jaqueta, e é assim que acontece”, relata Valdilene Gonçalves Damaceno, gerente administrativa.

“Eu até gosto do friozinho”, diz Patrícia do Carmo Santos. A dona de casa, ainda enrolada no sofá com seu cobertor, parece estar vivendo um conto de fadas gelado.

E quem mexe com água no frio?

Já no lava-rápido do bairro Nova Campinas, a história é bem diferente. A situação por lá é um verdadeiro drama gelado, com os funcionários lutando contra as baixas temperaturas com pouco sucesso. “Chego com muito agasalho, mas mexer com água não ajuda em nada. Às vezes fico no sol, mas nem isso esquenta”, desabafa Ivan Ruan.

Enquanto isso, João Vinícius Batista, colega de trabalho, parece ter adotado uma estratégia inusitada: trabalhar de chinelo e bermuda, mesmo no inverno. “Eu já estou acostumado. Coloco na ‘mente’ que não está frio e toco o dia. Mas está sim!”, ele brinca, desafiando o frio com um sorriso e um visual que é um verdadeiro grito de verão no meio do inverno.

Mudança de humor

Não são só os adultos que estão lutando contra o frio. Ana Maria de Souza enfrenta uma batalha diária com sua filha Beatriz, de 11 anos. “Tenho que chamar a Beatriz três vezes para acordar e, mesmo assim, ela mal troca uma palavra comigo. Quando está frio, ela vira outra pessoa. Não vejo a hora disso passar”, conta Ana Maria.