O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, realiza nesta sexta-feira, 9, e no sábado, 10, mais uma edição do Ciência Aberta, evento gratuito que teve início em 2016, e busca estimular o interesse pela ciência e poularizar o conhecimento científico, aproximando a sociedade dos cientistas que atuam em pesquisas de ponta.
Aberto ao público em geral no sábado
Em 2024, o Ciência Aberta chega à sua 6ª edição. Este ano, a novidade é a ampliação do evento para dois dias. Nesta sexta as visitas são restritas aos mais de 15 mil estudantes cadastrados pelas suas escolas e universidades. Já no sábado a visitação é aberta ao público sem a necessidade de inscrição prévia. Para participar é pedida somente a contribuição voluntária de um quilo de alimento não perecível. A entrada nos dois dias de evento é permitida das 9h às 15h.
As visitas são guiadas, com apresentações de pesquisas, experimentos e equipamentos científicos em diversas instalações do CNPEM, com destaque para o acelerador de partículas Sirius, um dos três de quarta geração no mundo. Durante o evento, funcionarão praça de alimentação e centenas de estandes com atividades para todas as idades.
Conhecer a ciência de perto
Segundo o CNPEM, a programação do Ciência Aberta é elaborada para facilitar o entendimento sobre experimentos científicos e mostrar como as ações do CNPEM impactam diretamente a vida das pessoas. Os visitantes vão conhecer de perto a infraestrutura do CNPEM e saber como ela é utilizada para avançar no conhecimento científico, desenvolver novas tecnologias e buscar soluções para desafios em áreas como saúde, energia, meio ambiente e novos materiais. A ideia é tornar a ciência acessível a todos, independentemente da formação ou conhecimento prévio. “O Ciência Aberta é mais do que uma apresentação das atividades do CNPEM ao público. O evento é uma oportunidade de reconhecermos o potencial do Brasil em fazer ciência e em promover desenvolvimento e inovação mundialmente competitivos. Mais de mil colaboradores do Centro estarão dedicados ao Ciência Aberta, mostrando como temos capacidade de criar soluções criativas e disruptivas para os desafios da atualidade. Esperamos atrair cada vez mais público neste inspirador festival da cultura científica”, afirma Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM.
Histórico
Desde sua criação, em 2016, o evento já reuniu mais de 40 mil visitantes, sendo interrompido apenas entre 2020 e 2022 em razão da pandemia de Covid-19. Na edição passada, em 2023, a programação atraiu 16 mil pessoas em um único sábado.
Escola Ilum
A Ilum, Escola de Ciência do CNPEM, que inaugurou recentemente seu Centro de Vivência no campus, também estará presente no Ciência Aberta. Ela promoverá a faculdade, que forma bacharéis em Ciência e Tecnologia, apresentando atividades que fazem parte de seu curso. No auditório do Centro de Vivência, que fica ao lado do Sirius, haverá uma área reservada para as atividades da disciplina de humanidades. Nas salas de aula e estudos serão oferecidas atividades que aprimoram os conhecimentos em matemática, aprendizagem de máquina, biologia, realidade aumentada, física e nanotecnologia.
Os professores da Ilum organizam os programas e contam com os seus estudantes como
colaboradores. “No ano passado já foi um sucesso, todos os alunos amaram participar. Levar a ciência aos outros também aumenta o nosso amor pela ciência. Esperamos que a presença de tantas escolas e jovens tenham impacto nas inscrições para o ano que vem e no aumento do interesse pela Escola”, disse Ana Carolina de Mattos Zeri, docente da Ilum e responsável pelas atividades da Escola no Ciência Aberta.
Sobre o CNPEM
O CNPEM compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade.
Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no Brasil, o CNPEM desenvolve o Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no país, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação.
O CNPEM opera os Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além da Ilum Escola de Ciência, um curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).