Na visita ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo, interlocutores de Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixaram claro que o governador não entrará “em bola dividida” com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na questão de apoios aos candidatos às prefeituras em outubro deste ano.

Não veremos o chefe do executivo paulista em um palanque e seu padrinho em outro na mesma cidade. Um recado para políticos de direita que vão se enfrentar nos municípios pelo estado a fora.

Em Campinas, a situação é diferente. Tirando o PT que tem ojeriza por Bolsonaro e Tarcísio, tanto Dário Saadi (Republicanos) e Rafa Zimbaldi (Cidadania) apostam mais na aproximação com a imagem do governador do estado, do que buscam colar suas ideias com as de Bolsonaro.

A bola da vez, ao menos para Campinas, é o perfil de Tarcísio. O governador é visto como, claro, um político de direita ligado a Bolsonaro, com posicionamentos conservadores, mas menos extremistas. Além de mostrar uma capacidade de diálogo, articulação e inteligência. Em poucas palavras, é de direita, mas não chucro. Não à toa, Tarcísio é muito adorado pelos órfãos tucanos. Exemplos? O Deputado Federal, Carlos Sampaio, e o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.

Dário e Rafa transitam neste mesmo espectro de Centro-Direita, que os aproximam do jeito Tarcísio. Além disso, não são bobos e sabem, pelas pesquisas, que o governador tem aprovação da maioria dos eleitores em Campinas, e contam em colar na hype de Tarcísio. Dessa forma, não teremos, pelo menos até aqui, dois palanques distintos entre Tarcísio e Bolsonaro, mas dois palanques distintos fazendo questão do governador.

Claramente, a vantagem fica com Dário Saadi nesta disputa com Rafa Zimbaldi. Apesar do deputado ter um contato maior por causa da Assembleia Legislativa com o Governador, Tarcísio de Freitas é do mesmo partido de atual prefeito de Campinas, além disso tanto governo do estado, quanto a prefeitura tem como um dos principais partidos aliados o PSD.