A reunião emergencial entre o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) e representantes dos hospitais e DRS (Divisão Regional de Saúde) VII terminou com a definição de sete medidas para aliviar a sobrecarga nas unidades de saúde da metrópole. Entre as medidas, está a transferência de pacientes de baixa complexidade para suas cidades de origem.
A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira, 13, na Prefeitura de Campinas. Os representantes do Hospital PUC-Campinas, do Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) se reuniram com o prefeito para debater a superlotação nos hospitais.
A medida aconteceu após o HC da Unicamp anunciar superlotação na sua Unidade de Emergência Referenciada e pedir a pausa no envio de novos pacientes. Ainda no relatório, que aconteceu na segunda-feira, 11, a administração do Hospital reconheceu que “não há previsão de leitos de internação”.
Ainda na manhã desta quarta-feira, 13, o Hospital PUC-Campinas suspendeu temporariamente as cirurgias eletivas na unidade hospitalar. De acordo com o Hospital PUC-Campinas, a decisão do HC forçou um encaminhamento maior de pacientes pela Central de Regulação ao Hospital. Com isso, os Pronto-Socorros Adulto, Pediátrico e Materno Infantil conveniados ao SUS superaram a capacidade instalada.
De acordo com a Prefeitura de Campinas, atualmente, os hospitais municipais sofrem com a sobrecarga. Confira:
- Hospital Mário Gatti: 20 leitos, 1 disponível
- Hospital Ouro Verde: 40 leitos, todos ocupados
- HC da Unicamp: 30 leitos e 90 pacientes internados
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Hospital PUC-Campinas: Pronto-Socorro Adulto (SUS): 20 leitos e 74 pacientes internados
Pronto-Socorro Infantil (SUS): seis vagas, sendo nove crianças
O prefeito reforçou em coletiva à imprensa que parte desse aumento nos atendimentos se deve aos casos de dengue e covid-19. “Estamos vivendo um momento preocupante com o aumento de atendimentos nas urgências e ocupação de leitos. Na Rede Mário Gatti, as UPAs e prontos-socorros atendiam, em média, 2 mil pacientes por dia e agora estão atendendo 3 mil”, disse.
Cerca de 12% desse aumento é relacionado à dengue, doenças respiratórias em crianças, agudização de casos crônicos e a entrada no sistema de saúde de mais de 100 mil pessoas que perderam convênios médicos no pós-pandemia da covid”, completou Dário.
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Medidas
Diante da sobrecarga, os representantes da Saúde Municipal definiram sete medidas para aliviar os hospitais de Campinas. São elas:
- A Divisão Regional de Saúde fará esforço de transferência de pacientes de baixa e média complexidade da região, internados em Campinas, para que sigam tratamentos em suas cidades.
- O prefeito levará à reunião marcada com o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, dia 19, proposta instalação de novos leitos de baixa e média complexidade na região.
- A criação de uma regulação regional com participação da Unicamp, para que pacientes sejam encaminhados para hospitais da própria região e, assim, liberar leitos em Campinas
- Ampliação de vagas de hemodiálise na região. Há proposta também de a Unicamp abrir um terceiro turno de hemodiálise, assunto que será discutido na terça, com o secretário de Saúde.
- Na mesma reunião será discutida a adoção da tabela SUS Paulista também para os hospitais públicos. A inclusão é importante para o HC da Unicamp e a Rede Mário Gatti ampliarem a oferta de atendimento.
- Implantação de Serviço de Atendimento Domicilar (SAD) nas cidades da região para que pacientes de baixa complexidade, que hoje estão em leitos hospitalares, possam continuar tratamento em casa. Apenas Campinas, na região tem o serviço e atende 800 pacientes.
- Reafirmar a necessidade de implantação de hospital regional.