Marcelo Doorman Rocha, de 47 anos, trabalhava em uma rede de lojas de roupas, na área financeira. Com a chegada da pandemia, acabou perdendo o emprego e, sem saída, resolveu apostar em um minimercado de condomínio. Hoje é proprietário de outros dois e até a esposa já trabalha com isso.
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Uma recente pesquisa conduzida pela Brain Inteligência Estratégica constatou que sete em cada 10 compradores de imóveis no Brasil estão dispostos a pagar um pouco mais para residir em condomínios que ofereçam a conveniência de um minimercado na área comum.
Eu trabalhava em um rede de lojas de roupas. O dono era meu amigo, viu que ia entrar na pandemia, conversou comigo e achou que era melhor a demissão, porque não sabíamos como seria o futuro. Em paralelo, eu era subsíndico no condomínio onde morava, no Jardim Nova Europa. O síndico prestava consultoria para umas pessoas, que tinha ideia de montar minimercado", conta.
Os minimercados, geralmente localizados em áreas comuns, operam 24 horas por dia, com um sistema de autoatendimento. Essas lojas são frequentemente utilizadas para compras de última hora e o pagamento pode ser efetuado por cartão (crédito ou débito) ou Pix, proporcionando praticidade aos moradores.
"Montaram um no meu condomínio. Primeiro montou na área de churrasqueira e eu passeava com minha filha de dois anos para passear, distrair. Eu entrava no mercadinho, a geladeira fazia e produtos do lado de fora. Depois disso, tirei uma licença, não era um investimento muito comparado com outros e fui prospectar condomínios", lembra.
Os minimercados não apenas são uma adição aos condomínios, mas também estabelecem parcerias diretas com incorporadoras. Construtoras incluem nos projetos, proativamente, as estruturas necessárias para a implementação desses minimercados, com áreas específicas de 20 a 30 metros quadrados destinadas a essa iniciativa.
"Em junho de 2021 eu montei a minha primeira loja. Fui seguindo e montando outros. Primeiro o foco era de condomínio com bastante apartamento e depois fomos mudando para condomínios menores. Hoje são três e minha mulher também já trabalha comigo", finaliza.
No Brasil, a maior franquia é a Smartstore, com mais de 1,4 mil lojas em todos os estados e cerca de 213 cidades atendidas. Os interessados em aderir ao modelo de minimercados em condomínios podem se tornar licenciados da SmartStore com um custo de licenciamento de R$12 mil reais. “O licenciado tem a liberdade de escolher os produtos a serem vendidos, orientado pela inteligência artificial do sistema de gestão da licenciadora”, explica Oberdan Siqueira, diretor de Comercial e Expansão da Smartstore.