A causa desse problema foi uma erosão subterrânea, resultando em rachaduras que culminaram na abertura de um novo "rombo" na ponte, que agora se encontra novamente interditada. É pertinente ressaltar que essa estrutura havia sido entregue reformada há aproximadamente um mês, após ter sido afetada pelas chuvas do último verão, permanecendo fechada durante todo esse período para obras de reparo.

Em paralelo, durante o final de semana, o Hospital Mário Gattinho, uma peça-chave na gestão de Dário, teve que bloquear um quarto na área de enfermaria pediátrica devido ao surgimento de goteiras na luminária de um banheiro durante a chuva do início da noite de domingo. Os pacientes foram prontamente realocados para outros leitos disponíveis.

Embora esse segundo incidente tenha sido de menor gravidade, causou desconforto às crianças, aos responsáveis e, igualmente, ao prefeito, já que o prédio do Mário Gattinho está passando por uma intensa intervenção e representa a principal obra na área da saúde sob sua gestão.

O impacto dessas situações foi tamanho que o prefeito se pronunciou sobre ambos os temas, o buraco na ponte e a goteira no hospital, através das redes sociais. Dário adotou uma postura assertiva e incisiva, afirmando que "não admite obra malfeita" e assegurou que ambos os casos estão cobertos pela "garantia", não acarretando novos custos para a prefeitura. A prontidão do prefeito foi evidente. Contudo, a velocidade na resposta pode se tornar um motivo de apreensão caso incidentes semelhantes surjam - ou retornem - com a chegada do período chuvoso.

Polêmica adiada
Na sessão ordinária realizada nesta segunda-feira na Câmara de Campinas, os projetos controversos apresentados pelo vereador de direita Nelson Hossri (PSD) foram adiados indefinidamente, sem data estabelecida para retornar à pauta.

Autointitulado como "a voz da direita em Campinas", Hossri propôs uma anistia fiscal para multas administrativas aplicadas pelo não uso de máscaras durante a pandemia de Covid-19. Além disso, seu segundo projeto buscava estabelecer responsabilidades municipais na prevenção ao uso de drogas, incluindo a possibilidade de internação compulsória para usuários.

No entanto, nenhuma das propostas foi encaminhada para apreciação. Com a solicitação de mais tempo para análise por parte de vários colegas presentes no plenário, os projetos foram adiados até uma "nova avaliação" por parte dos vereadores. Em resumo, apesar do grande barulho, os projetos foram guardados na gaveta após todo o alvoroço gerado.

Honrarias e denominações
Ao final da mesma sessão, a Câmara divulgou que os vereadores conseguiram destravar a pauta abarrotada com 17 projetos. Tirando os dois de Hossri adiados, sobraram outros 15 na nossa matemática básica. Pois bem, dois projetos do executivo foram aprovados, os dois primeiros itens da pauta. Na sequência os parlamentares de Campinas discutiram e aprovaram na nada mais, nada menos do que 13 propostas de honrarias ou denominação de praças e ruas. Depois eles reclamam que comparamos a dinâmica da casa legislativa a um cartório.

Flávio Paradella é jornalista, radialista e podcaster. Sua coluna é publicada na Sampi Campinas aos sábados pela manhã, com atualizações às terças e quintas-feiras. É veiculada também pelo jornal OVALE Gazeta de Campinas, aos sábados. E-mail para contato com o colunista: paradella@sampi.net.