SUL-AMERICANA

Há dez anos, Ponte Preta lotou Pacaembu para sua 1ª final internacional; relembre

30 mil torcedores fizeram o coro do time campineiro, que empatou com o argentino Lanus na ocasião.

Por Higor Goulart | 05/12/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para a Sampi Campinas

Reprodução/Twitter

Com 30 mil torcedores, Pacaembu se transformou em casa da Ponte Preta, na final da Sula em 2013
Com 30 mil torcedores, Pacaembu se transformou em casa da Ponte Preta, na final da Sula em 2013

Há dez anos, no dia 4 de dezembro de 2013, a Ponte Preta colocou quase 30 mil torcedores no Pacaembu, em São Paulo, para acompanhar a disputa da sua primeira final internacional. A Macaca enfrentou o Lánus, pela Copa Sul-americana. Apesar da presença volumosa da torcida, o time argentino acabou levantando a taça. 

O confronto de ida, em São Paulo, terminou em 1 a 1. O gol campineiro veio dos pés do volante Fellipe Bastos, em uma belíssima cobrança de falta, que levou as arquibancadas à loucura.

O lindo gol foi o único da Ponte Preta naquela final. No jogo de volta, na Argentina, o Lánus venceu por 2 a 0 e encerrou o sonho campineiro pelo título.

Apesar do resultado final, a campanha da Ponte até a decisão foi boa. Na 2ª fase, eliminou o Criciúma por 2 a 1. Na sequência, passou por Deportivo Pasto, da Colômbia, e Vélez Sarsfield, da Argentina. Antes da final, eliminou o São Paulo, com direito a 3 a 1 no Morumbi.

Pacaembu
O Pacaembu se transformou na casa da Macaca para a finalíssima, recebendo até o apelido carinhoso de Macacaembu. A mudança aconteceu porque o regulamento da Conmebol exige capacidade mínima de 20 mil torcedores, a partir das oitavas da competição. Algo que o Moisés Lucarell não pode oferecer, com sua capacidade para 19,7 mil torcedores.

A opção então foi o Pacaembu que, na época, tinha capacidade para 40 mil torcedores. Capacidade essa que foi quase atingida pelos torcedores da Macaca, que ignoraram a distância entre Campnas e São Paulo para empurrar o time.

Rebaixamento no Brasileirão
A derrota para o Lánus foi um balde de água fria na equipe do Majestoso, que acreditava no título para esquecer o rebaixamento no Brasileirão. Naquela temporada, o bom desempenho no torneio não refletiu no Campeonato Brasileiro, com a Macaca terminando na 19ª colocação, com apenas 37 pontos.

A instabilidade no Brasileirão foi tão grande que o time insistiu nas mudanças da comissão técnica. Começou o ano com Guto Ferreira, passou por Paulo César Carpegiani e terminou com Jorginho, que nem chegou a ficar para a temporada seguinte.

Ano seguinte
A temporada de 2014 foi de recuperação para a Macaca, que não teve nova oportunidade na Sulamericana e disputou a Série B do Campeonato Brasileiro.

O ano começou com a disputa do Campeonato Paulista. No mesmo grupo de Santos, Portuguesa, São Bernardo e Paulista, a Ponte Preta terminou a fase de grupos na 2ª colocação, com direito a vitórias por 2 a 1 sobre Corinthians e São Paulo.

Na fase seguinte, a Ponte enfrentou o Santos, que venceu o time de Campinas por 4 a 0.

Após isso, teve início a Série B do Brasileirão e a Ponte Preta mostrou logo de cara que brigaria pelo título e pelo retorno a 1ª divisão. Tanto é que a Macaca disputou até as últimas rodadas a liderança contra o Joinville. No final, o time catarinense conquistou a 2ª divisão, com 70 pontos, enquanto a Ponte terminou com 69.

Retorno 
A ótima temporada em 2014 deu a Ponte Preta uma nova chance de disputar a Sulamericana no ano de 2015. A oportunidade, no entanto, não foi bem aproveitada, com a Macaca caindo ainda na 2ª fase após derrota para a Chapecoense.

Essa foi a penúltima oportunidade do time de Campinas de disputar a competição continental. A última aconteceu dois anos depois, em 2017, mas o sucesso também não foi mesmo de 2013. A Ponte Preta caiu nas oitavas-de-final, para o Sport.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.