A decisão impactou mais de cem jovens jogadores da Macaca, que atuam pelas categorias sub-15, 17 e 20. 

De acordo com a Ponte Preta, os problemas com os pagamentos do ‘Recanto da Macaca’, localizado em Jaguariúna, começaram em 2019.

O processo, neste caso, teve início em maio de 2022 na 2ª Vara Cível da Comarca de Jaguariúna. A última decisão, tomada pelo juiz Rafael Imbrunito Flores, é referente a ordem de despejo.

O pedido inicial dos proprietários era o pagamento de R$ 345,6 mil, referente aos atrasos, multas e juros. No entanto, segundo eles, em agosto de 2022 e junho de 2023, dois acordos entre as partes aconteceram. No entanto, a Ponte não cumpriu com o combinado.

Ponte tentou recorrer

Por envolver menores de idade, a Ponte Preta solicitou a reconsideração da decisão, além de novos prazos para sair voluntariamente. Além disso, argumentou que se enquadra como ‘entidade educacional’, por atender mais de cem adolescentes e que, por isso, não poderia ser despejada.

Os proprietários, por sua vez, se manifestaram dizendo que a Macaca é um clube desportivo. O mesmo entendeu o Ministério Público, consultado pela Justiça, que declarou que “a executada não é instituição de ensino, tampouco instituição de acolhimento, sendo o alojamento de adolescentes parte incidental da sua atividade”.

Espaço será demolido

A Assessoria de Comunicação da Ponte Preta informou a Sampi Campinas que o despejo é de interesse dos proprietários, uma vez que a intenção é transformar o espaço em um empreendimento imobiliário.

Assim, sabendo que “mesmo que a Ponte quite as dívidas, ela não vai ficar por lá”, o clube iniciou um movimento de construção de um novo CT. As informações preliminares apontam que a estrutura será também em Jaguariúna e que as obras já começaram. A expectativa é de que em dois ou três meses a base passe para o local.