RECEITA

Biscoito de polvilho azedo (na Airfryer)

O polvilho é um dos subprodutos da mandioca que vem sendo empregado na culinária desde os tempos da colonização. Veja a receita de Sonia Machiavelli.

Por Sonia Machiavelli | 29/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para a Sampi

Ingredientes

  • Meia xícara (chá) de água
  • Meia xícara (chá) de leite 
  • Um quarto de xícara (chá) de azeite
  • Uma colher (chá) de sal
  • Três xícaras (chá) de polvilho azedo
  • Uma gema 

O polvilho é um dos subprodutos da mandioca que vem sendo empregado na culinária desde os tempos da colonização. Dependendo do seu preparo, pode resultar na versão doce ou azeda. A diferença está no processo de decantação, sendo bem mais longa para o azedo e mais curta para o doce. A versão azeda é mais ácida e intensa; a doce é mais suave. Com ambos os tipos preparam-se até hoje muitas quitandas. A mais conhecida e amada pelos turistas estrangeiros que nos visitam é o pão de queijo, que pode ser feito com um ou outro ou misturando os dois em partes iguais. Algumas receitas só aceitam o polvilho doce. Outras, só o azedo, como é o caso dos que sustentaram gerações desde os tempos em que eram assados nos fornos de barro das casas das fazendas. Como a farinha de trigo custou a chegar ao nosso país, e quando isso aconteceu era vendida a preços proibitivos para o povo, o biscoito de polvilho azedo era o pão de cada dia dos pobres.

Até hoje ele é muito consumido no Brasil inteiro; em todas as regiões é encontrado. A diferença fica por conta de um tempero, que pode ser um pires (medida antiga) de queijo ralado ou alguma especiaria. Os biscoitos que se veem na foto foram feitos à moda antiga e assados à moda moderna. Ou melhor, contemporânea: na assadeira Airfryer, um utensílio que chegou para ficar, porque elimina o uso de gorduras, substância que pode fazer mal à nossa saúde.

Mas se temos biscoitos de polvilho em qualquer padaria, por que fazê-los em casa? O primeiro motivo é que tudo o que é industrializado leva componentes químicos, usados para a conservação e a boa aparência, mas ruins para o organismo. Segundo, é que eles ficam realmente diferentes, sem aquele gosto padronizado, da textura ao sabor. Terceiro, porque eles podem ser consumidos quentes, um privilégio, acompanhados de café passado na hora. Por fim, a relação custo-benefício é excelente.

Se você se sente tentada a experimentar, compre polvilho azedo de boa qualidade. Ingredientes ruins estragam qualquer receita. Verifique a validade, é importante também. Há boas marcas no mercado. Antes de iniciar a receita, ligue a panela em 180 º para que esteja quente quando receber a massa dos biscoitos. Coloque o polvilho na tigela. Ferva juntos água, leite, óleo e sal. Vá escaldando o polvilho aos poucos e mexendo com colher. Agregue a gema e sove até chegar ao ponto de enrolar, que é quando a massa solta das mãos. Se for necessário, junte um pouco mais de polvilho. Quando der o ponto, retire porções com uma colher e enrole na mão. Cinco centímetros de comprimento e dois de largura são medida padrão, mas você pode variar o formato a seu gosto, lembrando-se de que crescem bastante. Coloque na panela já aquecida, sem deixar que encostem uns nos outros.  Asse cada “leva” por dez minutos. Enquanto os biscoitos assam, passe o café. Depois saboreie jogando conversa fora. É bão demais, sô!

1 COMENTÁRIOS

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  • APARECIDO DONIZETE NUNES
    06/11/2023
    Haja Cafe, esses biscoitos são uma Delicia. kkkkkkkk