O lateral se tornou alvo da Operação após ter seu nome citado pelos apostadores, durante conversas pelo WhatsApp. Com isso, ele fez um acordo com o MP-GO (Ministério Público de Goiás). No dia 19 de maio, então, prestou depoimento.

A procura partiu de Vitor Yamasaki - apostador envolvido nos esquemas de manipulação. Segundo Porfírio, ele o mandou mensagem para forçar um cartão em confronto diante do Avaí, 27 de agosto. O lateral, contudo, negou.

Mas, na rodada seguinte, diante do América-MG, no dia 3 de setembro, aceitou R$ 50 mil para receber o amarelo. “Eu disse que não ia fazer naquele momento. No jogo do América-MG, ele me retornou a mandar mensagem. Eu disse que concordaria. Ele falou que ia me dar R$ 50 mil se eu tomasse um cartão amarelo naquele jogo. Eu concordei”, contou.

O depoimento aconteceu dois dias antes do confronto entre Guarani e Ponte Preta. O lateral, inclusive, entrou em campo pelo Bugre. A equipe só tomou conhecimento no dia 14 de junho, quando o afastou dos treinos.

“De maneira preventiva, em função dos fatos apresentados na operação "Penalidade Máxima II", o Guarani Futebol Clube afastou dos treinos o atleta Diego Porfírio, que está emprestado ao clube desde abril deste ano”, informou o Bugre.

Na decisão seguinte, o Guarani decidiu rescindir o empréstimo e Porfírio ficou sem clube.

Outros punidos

O Pleno do STJD julgou outros 11 denunciados pela Operação Penalidade Máxima. As punições mais graves, além da recebida por Porfírio, foram ao lateral-direito Nino Paraíba e o zagueiro Vítor Mendes, que receberam uma suspensão de 720 dias cada.

Outra punição grave foi aplicada em Dadá Belmonte, suspenso por 600 dias. Igor Cariús, Sávio e Alef Manga, por outro lado, foram punidos em 360 dias, além de outros valores em multas. Por fim, Thonny Anderson não recebeu suspensão, mas pagará multa no valor de R$ 40 mil.

Apenas Jesus Trindade, jogador do Barcelona do Equador, Sidcley, no futebol grego, e Pedrinho, no futebol ucraniano, foram absolvidos.