Como na política tudo é volúvel, não é que o partido que foi base do presidente Jair Bolsonaro agora terá um ministro. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos/PE) vai ocupar o Ministério de Portos e Aeroportos, no lugar de Márcio França (PSB).

Porém, para conter dissidentes e tentar emplacar uma narrativa, o partido adotou a seguinte estratégia: estamos no governo, mas não somos governo. O deputado Silvio Costa Filho vai se licenciar da legenda, para o discurso de que o partido não está aderindo totalmente a Lula. A ideia é colar que a legenda não será oposição, mas também não será base.

A tática parece ter surtido efeito. Quando as conversas se iniciaram, o governador Tarcísio chegou a ameaçar a deixar a sigla, porém com o licenciamento de Silvio Costa para assumir o cargo, interlocutores afirmar que Tarcísio fica e que ganhou um aliado na esplanada. Já o prefeito Dário Saadi, consultado pelo colunista, enviou a nota oficial do Republicanos com toda a explicação e narrativa traçadas para tentar amenizar a situação.

Como eu disse, a política é volúvel. O Republicanos é, mas diz que não é, mas todo mundo sabe que é.

Alfinetada
Quem não digeriu bem a história toda foi o ex-governador Márcio França (PSB), que esteve em Campinas na última segunda ainda como Ministro de Portos e Aeroportos, mas foi despachado por Lula para absorver o Republicanos com o deputado Silvio Costa Filho na pasta.

Não que França tenha sido extraviado, já que terá assento no novo Ministério de Micro e Pequenas Empresas, porém o político do PSB deixou claro que não aceitou bem a mudança.

“Amigos, posso garantir que o Silvio Costa Filho é um grande político, muito preparado e filho de um grande amigo meu. Nos ajudará na tarefa de promover a União e Reconstrução que o Brasil tanto precisa. Saúdo o Lula por trazer para o governo Tarcísio de Freitas e seu partido para nos apoiar. O Brasil voltou!”, alfinetou Marcio França, em uma publicação com uma foto do presidente e do ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro apertando as mãos.

Revisão do Funcionalismo
A Prefeitura de Campinas (SP) está dando início a um processo de estudos para a revisão do Plano de Cargos e Carreira dos servidores municipais. O objetivo principal é realizar ajustes salariais e aprimorar o sistema de progressão profissional.

Esta iniciativa contará com a colaboração da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Segundo a Prefeitura, em 2021, um grupo de trabalho foi formado para discutir esse assunto e recomendou a contratação de consultoria para revisar as atuais legislações.

A legislação relacionada ao assunto foi estabelecida em 2007 e, desde então, permaneceu sem revisões. A expectativa é que os estudos identifiquem oportunidades para reajustes e aprimoramentos no desenvolvimento dos funcionários da Prefeitura.

Isenção doenças incapacitantes
A vereadora Guida Calixto (PT) apresentou um Projeto de Lei Complementar (PLC) que aborda as doenças incapacitantes para efeitos de imunidade contributiva previdenciária.

Conforme a proposta, o Instituto Municipal de Previdência Social (Camprev) adotará a lista de doenças estabelecida pelo INSS como critério para conceder isenção de contribuição previdenciária a beneficiários com doenças incapacitantes.

A parlamentar argumenta que a legislação previdenciária anteriormente sustentava a interpretação de que indivíduos portadores de doenças graves estariam parcialmente isentos da incidência da contribuição previdenciária sobre seus rendimentos, conforme a Constituição Federal.

Flávio Paradella é jornalista, radialista e podcaster. Sua coluna é publicada na Sampi Campinas aos sábados pela manhã, com atualizações às terças e quintas-feiras. É veiculada também pelo jornal OVALE Gazeta de Campinas, aos sábados. E-mail para contato com o colunista: paradella@sampi.net.