O dia 25 de agosto marca o ‘Dia do Solado’ no Brasil. A celebração homenageia todos os militares do Brasil e marca o nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Em Campinas, a homenagem se reserva, principalmente, à EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército).
Fundada em 17 de setembro de 1940, a EsPCEx é uma das mais importantes instituições militares do país e está aliada ao município de Campinas. Nem toda a sua história, no entanto, foi na cidade do interior paulista.
Inicialmente, a escola estava localizada em São Paulo. Ainda na década de 1940, contudo, durante a gestão do interventor federal Fernando Costa, começou a discussão para a transferência. Em 1944, então, o governo estadual conseguiu a doação de uma área na região da Fazenda Chapadão.
A parte inicial da obra ficou sob responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo. Para a construção das torres, o Ministério da Guerra foi quem assumiu a responsabilidade. Entretanto, o alto custo da obra causou a falta de recursos e, com isso, a paralisação.
O Estado, então, decidiu por anular a doação feita em 1944. Quase 14 anos depois, o Exército voltou a se interessar pelo projeto e, no dia 29 de abril de 1958, a Assembleia Legislativa autorizou uma nova doação ao Ministério da Guerra.
"Trata-se de uma medida de máximo interesse do ministério da guerra e também do nosso estado, em cujo território se instalará um estabelecimento de ensino destinado à preparação dos futuros oficiais do Exército”, disse a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, na época.
A doação do imóvel ocorreu, oficialmente, no dia 25 de agosto de 1958. Após uma longa batalha, a Escola foi oficialmente transferida para Campinas, em 1959.
Quantos alunos?
A EsPCEx é responsável por selecionar e preparar homens e mulheres para o ingresso na AMAN (Academia Militar dos Agulhas Negras). Ou seja, assume a formação inicial do oficial combatente do Exército Brasileiro.
Ao longo dos 83 anos de história, mais de 17 mil jovens passaram por seus corredores.
Mulheres só foram permitidas em 2017
Desses milhares de jovens, pouquíssimas são mulheres. Isso porque a EsPCEx só passou a aceitar cadetes do sexo feminino em 2017. Naquele ano, 40 mulheres fizeram parte dos 440 novos alunos da escola.