POLÍTICA

Federações partidas para 2024

Essas movimentações não apenas refletem as alianças pessoais dos vereadores, mas também têm como pano de fundo um elemento adicional: as federações partidárias.

Por Flávio Paradella | 24/08/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para a Sampi Campinas

Divulgação/Câmara de Campinas

À medida que o horizonte de 2024 se aproxima, as expectativas para a Câmara Municipal de Campinas se aquecem, trazendo consigo o cenário iminente de mudanças partidárias durante o período de janela partidária.

Essas movimentações não apenas refletem as alianças pessoais dos vereadores, mas também têm como pano de fundo um elemento adicional: as federações partidárias. Introduzido em 2022, esse modelo consiste na união colaborativa de dois ou mais partidos, atuando de maneira conjunta por um período mínimo de quatro anos. Até o momento, existem três federações: PT-PCdoB-PV, PSDB-Cidadania e PSOL-REDE.

A primeira federação mencionada coloca o Partido Verde (PV) em aliança com os partidos PT e PCdoB, representando uma combinação intrigante que inclui nomes proeminentes como o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Carlos Rossini, e o Secretário do Verde e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes. Essa aliança desenha um panorama em que o partido de maior oposição ao governo Dário se encontra lado a lado com atores chave da administração.

A dinâmica sugere uma possibilidade de mudanças para Rossini, talvez uma volta ao MDB, partido pelo qual ele eleito vereador ainda no primeiro mandato na década de 1980. Uma presença recente na convenção municipal do Republicanos, sigla de Dário, também acendeu especulações sobre futuras escolhas partidárias.

No caso da federação PSDB-Cidadania, a situação parece estar consolidada, com o deputado estadual Rafa Zimbaldi como candidato representando essa colaboração política. As legendas estarão novamente em dobradinha, como já ocorreu em 2020. Contudo, à medida que as engrenagens partidárias se movem, surgem questionamentos sobre o destino de figuras como Luiz Cirilo, o único vereador tucano na Casa, e Paulo Haddad, vereador do Cidadania e líder de governo de Dário na Câmara.

A intuição aponta para o MDB como um possível ponto de convergência para diversos nomes que buscam novas alianças em meio a esse cenário político em evolução.

Outros nomes
Além de Rossini, a convenção do Republicanos recebeu outros nomes do legislativo campineiro. Os vereadores Zé Carlos e Permínio Monteiro estiveram no encontro acompanhando o vice-prefeito Wandão e foram recepcionados pelo prefeito Dário Saadi.

Novo lar
Uma reviravolta política marcou a trajetória do ex-vereador e ex-secretário André Von Zuben, que recentemente anunciou sua saída do Cidadania, partido pelo qual atuou por quatro décadas, para se filiar ao MDB. Essa mudança de partido também trouxe consigo a filiação de Cláudio Quércia, que retorna à legenda.

O processo de recepção no MDB contou com a presença do presidente municipal do partido, o vereador governista Arnaldo Salvetti, que acolheu André Von Zuben em meio a expectativas e discussões sobre o cenário político local.

A história de André Von Zuben está entrelaçada com a administração municipal. Ele foi eleito em 2012 pelo PPS (hoje Cidadania) e desempenhou papéis tanto na gestão de Jonas Donizette quanto na de Dário Saadi. Von Zuben ocupou cargos como líder de governo, secretário e esteve à frente da pasta de Gestão e Controle até junho deste ano. Sua saída da prefeitura abriu espaço para acomodar o PL no primeiro escalão, culminando na nomeação do Professor Alberto.

A mudança de Von Zuben e outros nomes associados à administração Jonas/Dário do Cidadania não é surpreendente, já que esse partido é a sigla do adversário político Rafa Zimbaldi. Com as eleições do próximo ano se aproximando, o ambiente político está em transformação, à medida que as alianças e escolhas partidárias moldam o cenário eleitoral.

Usina Verde
Após protestos de moradores da região por causa do mau cheiro, A Prefeitura de Campinas, enfim, anunciou que mudou a forma de operação da Usina de Compostagem Orgânica – Usina Verde.

As 50 toneladas de lodo resultantes do tratamento de esgoto passarão por um processo de secagem antes de seguirem à usina.

O objetivo é eliminar o mau cheiro provocado e aliviar a vida dos contribuintes que moram e/ou trabalham próximo à Usina.

Flávio Paradella é jornalista, radialista e podcaster. Sua coluna é publicada na Sampi Campinas aos sábados pela manhã, com atualizações às terças e quintas-feiras. É veiculada também pelo jornal OVALE Gazeta de Campinas, aos sábados. E-mail para contato com o colunista: paradella@sampi.net.

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