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23 de março de 2023

CONSUMO

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Dia do Consumidor: veja empresas com mais reclamações no Procon Campinas

Dia do Consumidor: veja empresas com mais reclamações no Procon Campinas

Data tem criado estigma publicitário, mas especialistas alertam para atenção aos direitos do consumidor.

Data tem criado estigma publicitário, mas especialistas alertam para atenção aos direitos do consumidor.

Por Redação | 15/03/2023 | Tempo de leitura: 4 min
Especial para a Sampi Campinas

Por Redação
Especial para a Sampi Campinas

15/03/2023 - Tempo de leitura: 4 min

Luis Eduardo de Sousa/Sampi Campinas

Calçadão da 13 de Maio, em Campinas; algumas lojas se prepararam para impulsionar vendas no dia do consumidor

O Dia do Consumidor, celebrado nesta quarta-feira, 15, virou uma oportunidade para o consumidor que quer comprar a preços mais baixos ou para comerciantes que querem promover as vendas, mas especialistas atentam para o desvio de foco da data, criada para promover os direitos na relação entre comerciantes, prestadores de serviço e clientes.

Apesar do caráter comercial que o dia vem tomando, o Procon Campinas registrou um aumento de 10 mil atendimentos em 2022 em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo órgão (veja lista abaixo).

No total, foram 113.938 atendimentos, contra 103.887 em 2021.

Os meios usados pelos consumidores para registrarem as reclamações variaram em percentuais próximos: meios digitais 39.982 (35%), seguido pelo telefônico, 37.752 (33%) e pelo presencial nos postos: 36.304 (32%).

O levantamento inclui o ranking dos dez segmentos mais reclamados no ano passado. Assim como em 2021, o setor de comércio eletrônico lidera a lista, seguido de perto pelos bancos e telefonia móvel. Quase empatados estão as financeiras e cartão de crédito. Provedores de internet, magazines e energia elétrica também estão na lista. Uma novidade foi a inclusão do setor de agências de viagens e de veículos no ranking de 2022.

Empresas com mais reclamações  

Claro – 1907  

Vivo – 1051 

Grupo Bradesco – 862 

Itaú – 680 

Tim – 554  

Banco Pan – 514 

CPFL – 513 

Mercado Livre – 506 

Santander – 450 

Grupo Via Verejo (Casas Bahia/Ponto Frio) - 449 

Promoção 
Em uma loja na Rua 13 de Maio, calçadão do comércio na metrópole, uma loja de calçados programou descontos de até 50% aos clientes. De acordo com o gerente, a semana do consumidor – geralmente a semana do dia 15 de março - promoveu uma mobilização no estabelecimento.

“Nós programamos descontos progressivos de até 50%. Se o cliente levar um par, o desconto é de 10%. Se levar dois, 20% e assim sucessivamente”, explica o gerente Lucas Generoso, 37.

Em uma loja de cosméticos, o estabelecimento tinha 40% de desconto. De acordo com a líder, o melhor que se pode oferecer ao cliente é baixo preço. “A semana é do consumidor, e o consumidor gosta de preço baixo. É o melhor que podemos oferecer a ele, e a resposta tem sido boa”, explica Gislaine Helena, 25.

O advogado e especialista em direito do consumidor, Ricardo Chiminazzo, alerta para a publicidade que tem marcado o dia. Ele explica que a criação da data foi motivada pelo cuidado com os direitos, mas aos poucos o movimento foi se descaracterizando.

“A data foi escolhida por conta de um discurso do Presidente dos EUA John Kennedy, em 1962, onde ele frisa a importância dos direitos do consumidor como a informação a liberdade de escolha e o direito de ser ouvido. O que me parece é que ainda falta algum tipo um pacto da sociedade, um esforço para que haja lealdade nas relações de consumo”, explica Chiminazzo.

O especialista complementa que o ideal seria, por parte do comerciante, “atender corretamente, ouvir e orientar as demandas, e não diminuir itens ou peso de produtos mantendo o mesmo preço”.

Já o Dr. Sidnei Nagalli analisa que publicidade e manutenção dos direitos podem caminhar em harmonia, mas que é importante manter a atenção aos direitos em primeiro lugar.

“A gente entende que a semana é marcada pelas promoções, mas é importante rememorar os direitos. Eu vejo muito avanço na legislação que protege o consumidor, com o surgimento de meios para que o próprio consumidor possa ‘colocar a boca no trombone’, e penso que isso seja vantajoso para ambas as partes [comerciante e consumidor]. É uma fase em que as empresas aproveitam para reduzir preços, para facilitar quitações de dívidas e coisas neste sentido. Então acho que as duas coisas podem caminhar em perfeita harmonia, mas o foco maior tem que ser sempre para os direitos”, expõe o especialista em direito do consumidor.

Dicas  
Entre lojas que operam para vender mais e um mercado que pode se beneficiar da data de forma maliciosa, Dr. Chiminazzo lista o que seria primordial para que a semana e o dia do consumidor sejam aproveitados sem culminar em grandes dores de cabeça.

“As orientações são parecidas com as que especialistas costumam dispensar sobre períodos de crescimento das vendas. Não comprar por impulso, tomar cuidado com a precificação, que pode ser uma pegadinha e levar até a um endividamento. Se atentar às condições oferecidas, exigir sempre nota fiscal, desconfiar de valores muito abaixo e usar os mecanismos existentes para fugir de comerciantes mal-intencionados, principalmente na internet”, recomenda.

O Dia do Consumidor, celebrado nesta quarta-feira, 15, virou uma oportunidade para o consumidor que quer comprar a preços mais baixos ou para comerciantes que querem promover as vendas, mas especialistas atentam para o desvio de foco da data, criada para promover os direitos na relação entre comerciantes, prestadores de serviço e clientes.

Apesar do caráter comercial que o dia vem tomando, o Procon Campinas registrou um aumento de 10 mil atendimentos em 2022 em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo órgão (veja lista abaixo).

No total, foram 113.938 atendimentos, contra 103.887 em 2021.

Os meios usados pelos consumidores para registrarem as reclamações variaram em percentuais próximos: meios digitais 39.982 (35%), seguido pelo telefônico, 37.752 (33%) e pelo presencial nos postos: 36.304 (32%).

O levantamento inclui o ranking dos dez segmentos mais reclamados no ano passado. Assim como em 2021, o setor de comércio eletrônico lidera a lista, seguido de perto pelos bancos e telefonia móvel. Quase empatados estão as financeiras e cartão de crédito. Provedores de internet, magazines e energia elétrica também estão na lista. Uma novidade foi a inclusão do setor de agências de viagens e de veículos no ranking de 2022.

Empresas com mais reclamações  

Claro – 1907  

Vivo – 1051 

Grupo Bradesco – 862 

Itaú – 680 

Tim – 554  

Banco Pan – 514 

CPFL – 513 

Mercado Livre – 506 

Santander – 450 

Grupo Via Verejo (Casas Bahia/Ponto Frio) - 449 

Promoção 
Em uma loja na Rua 13 de Maio, calçadão do comércio na metrópole, uma loja de calçados programou descontos de até 50% aos clientes. De acordo com o gerente, a semana do consumidor – geralmente a semana do dia 15 de março - promoveu uma mobilização no estabelecimento.

“Nós programamos descontos progressivos de até 50%. Se o cliente levar um par, o desconto é de 10%. Se levar dois, 20% e assim sucessivamente”, explica o gerente Lucas Generoso, 37.

Em uma loja de cosméticos, o estabelecimento tinha 40% de desconto. De acordo com a líder, o melhor que se pode oferecer ao cliente é baixo preço. “A semana é do consumidor, e o consumidor gosta de preço baixo. É o melhor que podemos oferecer a ele, e a resposta tem sido boa”, explica Gislaine Helena, 25.

O advogado e especialista em direito do consumidor, Ricardo Chiminazzo, alerta para a publicidade que tem marcado o dia. Ele explica que a criação da data foi motivada pelo cuidado com os direitos, mas aos poucos o movimento foi se descaracterizando.

“A data foi escolhida por conta de um discurso do Presidente dos EUA John Kennedy, em 1962, onde ele frisa a importância dos direitos do consumidor como a informação a liberdade de escolha e o direito de ser ouvido. O que me parece é que ainda falta algum tipo um pacto da sociedade, um esforço para que haja lealdade nas relações de consumo”, explica Chiminazzo.

O especialista complementa que o ideal seria, por parte do comerciante, “atender corretamente, ouvir e orientar as demandas, e não diminuir itens ou peso de produtos mantendo o mesmo preço”.

Já o Dr. Sidnei Nagalli analisa que publicidade e manutenção dos direitos podem caminhar em harmonia, mas que é importante manter a atenção aos direitos em primeiro lugar.

“A gente entende que a semana é marcada pelas promoções, mas é importante rememorar os direitos. Eu vejo muito avanço na legislação que protege o consumidor, com o surgimento de meios para que o próprio consumidor possa ‘colocar a boca no trombone’, e penso que isso seja vantajoso para ambas as partes [comerciante e consumidor]. É uma fase em que as empresas aproveitam para reduzir preços, para facilitar quitações de dívidas e coisas neste sentido. Então acho que as duas coisas podem caminhar em perfeita harmonia, mas o foco maior tem que ser sempre para os direitos”, expõe o especialista em direito do consumidor.

Dicas  
Entre lojas que operam para vender mais e um mercado que pode se beneficiar da data de forma maliciosa, Dr. Chiminazzo lista o que seria primordial para que a semana e o dia do consumidor sejam aproveitados sem culminar em grandes dores de cabeça.

“As orientações são parecidas com as que especialistas costumam dispensar sobre períodos de crescimento das vendas. Não comprar por impulso, tomar cuidado com a precificação, que pode ser uma pegadinha e levar até a um endividamento. Se atentar às condições oferecidas, exigir sempre nota fiscal, desconfiar de valores muito abaixo e usar os mecanismos existentes para fugir de comerciantes mal-intencionados, principalmente na internet”, recomenda.

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