O QUE É ISSO?

Você se lembra como preenche um cheque? Sabe o que é isso? Leia esta reportagem!

Por Redação | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Agência Brasil
Preencher um cheque é um trabalho 'difícil'; se errar, tem que descartar
Preencher um cheque é um trabalho 'difícil'; se errar, tem que descartar

Você lembra como preencher um cheque? Muito utilizado em tempos passados, o uso de cheques fica cada dia mais raro. Os cartões de débito, crédito, e, mais recentemente, o PIX, tomaram seu lugar 

Pelas ruas de Campinas não foi difícil encontrar pessoas que nunca ouviram falar. "Eu sei que usavam isso lá no passado", disse o estudante Jefferson Lopes, 18. "Meus pais comentaram dia desses que o cheque era uma forma de pagamento, mas eu nunca vi eles usando", afirmou Rebeca Mendes, também estudante, de 17.

Já Paulo Messias, também de 17, contou algo curioso: encontrou um cheque perdido na casa dos pais quando era menor e quis brincar. "Eu vi aquele papel cheio de números, com espaços para preencher. Peguei, escrevi algumas coisas e mostrei para minha mãe. Ela quase me bateu, porque eu, sem saber, tinha acertado como era preencher um cheque", lembra, rindo da situação. A mãe explicou para o que era e como era utilizado, e depois rasgou o último cheque que ele viu na vida.

Também tiveram alguns casos de pessoas que interpretaram o 'cheque' como uma gíria que não podemos publicar.

Agora, entre os mais velhos, aí sim, as lembranças são muitas. "A gente andava com um monte de cheque. Aí distribuía para tudo quer lado, com pagamento em 30, 60, 90 dias. Era uma maravilha", lembra o taxista Carlos Roberto Nascimento, 54.

Mas, afinal, o que eram/são os cheques?

Acredite, eles ainda existem. São poucos, mas eles estão sobrevivendo.

O cheque é uma ordem de pagamento que pode ser à vista ou a prazo. Ou seja: você passou uma ordem para que o banco possa fazer o pagamento para aquela pessoa indicada. Isso não é igual a um pagamento via PIX ou uma transferência bancária? Sim! Mas era o que existia em uma época em que as coisas não eram tão modernas assim.

Além disso, ele também é um título de crédito e, consequentemente, um reconhecimento da dívida por parte de quem emitiu o cheque.

Existem três tipos (!) de cheques:

  • Portador: que não tem indicação de nenhum nome de beneficiário. Ou seja, pode ser depositado ou sacado por qualquer pessoa que recebê-lo
  • Nominal: em que consta o nome da pessoa que vai recebê-lo, e só ele pode depositá-lo ou sacá-lo
  • Cruzado: com duas linhas feitas com a mesma caneta em que ele foi escrito, o cheque cruzado só podia ser depositado nas agências bancárias, e não poderia ser sacado na boca do caixa

Por tabela...

Maior preocupação dos brasileiros quando o assunto era ficar com o nome sujo, o envio de cheques para protesto caiu 72,1% nos últimos cinco anos em Campinas. O dado é do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil - Seção São Paulo.

Em Campinas, o levantamento mostra que, em 2018, o total de cheques enviados para serem protestados foi de 3.764, enquanto que 2022 o número caiu para 1.049, uma queda de 72,1%. Já o valor total dos cheques enviados a protesto também despencou 61% no mesmo período.

“O cheque caiu em desuso em razão de uma evolução natural dos meios de pagamento, hoje cada vez mais digitalizados e instantâneos”, explica o presidente do IEPTB/SP, José Carlos Alves. “Apesar de ainda ser utilizado para transações de maior valor, acaba sendo muito arriscado para o credor, que acaba dando preferência a outras formas de cobrança, como os chamados boletos, mas que também merecem uma atenção redobrada do consumidor”, completa.

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