De acordo com Gustavo, a Ponte Preta não terá nenhum compromisso com a elaboração do projeto, que ficará sob responsabilidade de um escritório especializado em estruturação de negócios.

“O que estamos fazendo é apenas dando uma autorização para se avaliar a viabilidade do projeto. Se amanhã não der certo, a Ponte não terá qualquer custo com isso. O risco financeiro é todo do escritório interessado”, explicou Valio.

O prazo para a elaboração do estudo técnico é de 120 dias. Na sequência, o projeto será apresentado novamente ao Conselho Deliberativo da Macaca.

Outras tentativas

Essa não é a primeira vez que a Ponte Preta discute uma nova casa para os ponte-pretanos. Em abril de 2013, o então presidente do clube, Márcio Della Volpe, se reuniu com o então prefeito de Campinas, Jonas Donizette, para discutir a construção da Arena.

A ideia era construir uma arena multiuso justamente no Centro de Treinamento da Macaca, no Jardim Eulina. Na época, Della Volpe afirmou que estava “tudo bem encaminhado. Agora vamos aguardar as resoluções da administração municipal para darmos os passos concretos na realização da arena e do shopping”, disse, na época.

A ideia, no entanto, ficou apenas no papel e o time seguiu mandando seus jogos no Moisés Lucarelli.

Adeus ao Majestoso?

Mesmo ainda em fase inicial, a nova proposta põe mais uma vez em dúvida o futuro da relação duradoura entre a Ponte Preta e o Estádio Moisés Lucarelli. Casa da Macaca desde 12 de setembro de 1948, o Majestoso também era um sonho da torcida antes de ser erguido.

Nascido em 1900, o clube do Jardim Eulina precisava de um lugar para chamar de casa. Foram anos de espera. E o sonho foi se tornando realidade graças ao torcedor Moysés Lucarelli, patrono do estádio, que arrecadou fundos entre associados e moradores para a construção do estádio.

Na época, a inauguração do estádio foi algo que chamou a atenção de todo o país, com capacidade para 35 mil torcedores. Era o maior entre cidades do interior, por isso o nome de Majestoso. Apenas o Pacaembu, em São Paulo, e São Januário, no Rio de Janeiro, eram maiores.

Por questões de segurança, a capacidade foi diminuindo ano após ano. Além disso, estádios e arenas mais modernos foram tomando conta do país, deixando o Majestoso ultrapassado, com capacidade para apenas 17 mil pessoas.