RECEITAS DA SÔNIA

Torta natalina de ricota

Entramos na semana de Natal, onde a religiosidade da maioria dos brasileiros aflora. Fazemos votos de boas festas aos que vamos encontrando pelo caminho, com isso querendo dizer que a data do nascimento de Jesus nos desperta para novo ânimo diante da vida. E entre presentes e outras alegrias, urge pensar na ceia, que reúne as famílias. Confira a receita de Sônia Machiavelli.

Por Sônia Machiavelli | 18/12/2021 | Tempo de leitura: 3 min
especial para GCN

Ingredientes

  • 500 gramas de ricota fresca
  • 4 ovos
  • 150 g de manteiga em temperatura ambiente
  • 1 xícara de açúcar refinado
  • 1 colher (chá) de essência de baunilha
  • 1 colher (chá) de canela em pó
  • Suco e raspas de um limão
  • 1 colher (sopa) de raspas de laranja
  • 1 colher (chá) de canela em pó
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • 1 pitada de sal
  • ½ xícara (chá) de uvas passas claras
  • ½ xícara (chá) de nozes quebradas
  • ½ xícara (chá) de frutas cristalizadas
  • Manteiga para untar a forma
  • Farinha para polvilhar a forma
  • Açúcar de confeiteiro para decorar.

Entramos na semana de Natal, onde a religiosidade da maioria dos brasileiros aflora. Fazemos votos de boas festas aos que vamos encontrando pelo caminho, com isso querendo dizer que a data do nascimento de Jesus nos desperta para novo ânimo diante da vida. E entre presentes e outras alegrias, urge pensar na ceia, que reúne as famílias. Nossa ceia e almoço sempre foram um pouco americanizados, com um peru descontextualizado, bom de ver mas não de comer.

Não gostamos tanto de sua carne branca e ressecada; preferimos o frango, a leitoa, o lombo, antecedidos de maionese ou salpicão, acompanhados de farofa, esse complemento do qual não abrimos mão e está em nossa mesa há mais de 500 anos. A quem interessar pode, cronistas que aqui chegaram logo depois do descobrimento, a citaram em seus relatos. Os índios criaram uma farofa ao jogar dentro da carapaça da tartaruga assada e recentemente comida, uma porção de farinha de mandioca, que absorvendo os restos da carne e sua gordura, construiu outro sabor, que agradou aos nativos e conquistaria dos portugueses e todos aqueles que se miscigenando formariam o povo brasileiro.

Mas não será de pratos salgados que falaremos. A sugestão é para uma sobremesa. Sua origem é italiana, cozinha que através dos imigrantes chegados no começo do século passado muito colaborou para que a nossa se enriquece com novos sabores. A torta de ricota aparece na mesa de Páscoa e de Natal dos italianos, com o acréscimo de grãos de trigo e, por isso a chamam de  pastiera di grano . Ela não é fácil de preparar, mas fica muito boa. A receita aqui reproduzida não leva grãos de trigo e sua massa é mais prática.

Fica muito boa: não muito doce e bastante perfumada porque reúnem-se nela os aromas cítricos de laranja e limão, os amadeirados da canela e os adocicados da baunilha. À maciez característica da ricota agrega-se a textura firme das frutas cristalizadas, das nozes e uvas passas. Para decorar, o básico é a cobertura com açúcar de confeiteiro. Os acréscimos podem ser algumas das frutas que entram no recheio; mas cada um faz do modo que mais lhe agradar. Essa torta vai arrematar a ceia com perfeição, principalmente para quem já comeu muito panetone e não quer repeti-lo.

A ver. Rale a casca de laranja, só a superfície, ignorando a parte branca. Rale da mesma forma o limão e a esprema para obter o suco. Separe claras de gemas. Amasse bem com um garfo a ricota, de qualidade dependerá do sucesso da torta. Ela precisa estar bem fresca, quanto mais mole, melhor. Na batedeira coloque como gemas, o açúcar e a manteiga até obter um creme claro. Aos poucos, intercale a ricota com a farinha, continuando a bater.

Acrescente como raspas de laranja e limão, o suco, a baunilha, a canela. Passe as frutas pela farinha de trigo para que se espalhem de forma homogênea pela massa. Quebre as nozes com um martelo para obter os pedaços crianças.Junte como frutas e como nozes à massa. Desligue uma batedeira. Sem bater, apenas mexendo com colher, coloque o fermento e depois as claras em ponto de neve, delicadamente, de baixo para cima. Despeje na forma (se tiver uma de fundo removível, melhor) untada e polvilhada com farinha e leve ao forno já aquecido a 180º. Asse por 40 minutos, aproximadamente. Desenforme morno, e quando frio, peneire o açúcar e decore a gosto.

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