RECEITAS DA SONIA

Bolo de café e laranja

Há alguns dias, neste portal GCN, li notícia alvissareira da área de economia: a cultura do café em Franca e região cresceu tanto que superou a produção de calçados. Acostumada a fazer compras em supermercados, varejões e padarias, eu já havia percebido algo a respeito. Surpreendia-me toda vez com o crescente número de marcas disponíveis nas gôndolas onde, até pouco tempo atrás, só via duas. Mais que isso, cresceu o número de ofertas de café solúvel em suas diversas variantes. Eu, que não fico sem café, experimentei e gostei de todas.

Por Sonia Machiavelli | 05/11/2021 | Tempo de leitura: 3 min
especial para GCN

Ingredientes

  • 3 ovos
  • 1 ½ xícara (chá) de açúcar refinado
  • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 xícara (chá) de chocolate em pó
  • ¾ xícara (chá) de óleo de milho
  • 1 xícara ( chá) de café forte passado na hora
  • 1 colher (chá) de raspas de laranja ( se possível, baiana)
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • Cobertura
  • 3 colheres (sopa) de manteiga
  • 3 colheres (sopa) de açúcar refinado
  • 3 colheres (sopa) de chocolate
  • 1 colher (chá) de raspas de laranja
  • 3 colheres (sopa) de leite

Há alguns dias, neste portal GCN, li notícia alvissareira da área de economia: a cultura do café em Franca e região cresceu tanto que superou a produção de calçados. Acostumada a fazer compras em supermercados, varejões e padarias, eu já havia percebido algo a respeito. Surpreendia-me toda vez com o crescente número de marcas disponíveis nas gôndolas onde, até pouco tempo atrás, só via duas. Mais que isso, cresceu o número de ofertas de café solúvel em suas diversas variantes. Eu, que não fico sem café, experimentei e gostei de todas.

Café é minha bebida preferida. Adoro. Aliás, estou bem acompanhada; depois da água o café é a bebida mais tomada pelos brasileiros. Passado na hora, ainda rescendendo ao aroma que o caracteriza, ele me confere energia o dia todo. Não consigo imaginar o início de minha jornada sem ele, que eu mesma preparo. E não tomo na xícara pequena; só na de chá ou em canecas. Não raro, enquanto o degusto, penso na sua história que começa no século XVIII, no Norte do país, precisamente em 1727. A primeira muda foi trazida clandestinamente pelo sargento-mor Francisco de Melo Palheta, quando fez uma viagem à Guiana Francesa com interesses comerciais. Aliás, o advérbio da frase anterior merece um adendo. Reza a lenda que sementes foram escondidas no chapéu da mulher de Palheta, que tinha abas bem largas. O chapéu, não o Palheta.

As primeiras plantações começaram no Nordeste, porém, como o clima não era favorável, mudas foram levadas para o Maranhão, Rio de Janeiro e, posteriormente, São Paulo e Minas Gerais. No Vale da Paraíba, foi um sucesso tão grande que em 1860 o Brasil produzia 60% do café mundial, o que tornou possível sua popularização ao redor do globo. O produto tinha ficado bem mais barato. Quando as terras cariocas começaram a se esgotar, São Paulo e a mineira Zona da Mata tornaram-se grandes produtoras do grão. Com o fim do tráfico de africanos e os movimentos abolicionistas ganhando cada vez mais força, imigrantes europeus começaram a se interessar mais pelas lavouras cafeeiras. Atualmente, somos o primeiro colocado no ranking de produtores. Milhões de sacas são e consumidas pelo mercado interno e externo, gerando empregos e movimentando a nossa economia.

Uma novidade é que o café vem entrando em muitas receitas, doces e até salgadas, desenvolvidas por chefs conceituados. Mousses, pudins, bolos e molhos para carnes fazem agora companhia à antiga e quase desaparecida bala de café, macia, perfumada, embrulhada em papel manteiga- uma delícia associada à infância. A receita que trago para este espaço tem textura fofa, cobertura cremosa, sabor que mescla café, chocolate e as raspas de laranja. Experimente!

Numa tigela coloque os ovos e bata com fouet ou garfo. Junte o açúcar e continue batendo até clarear. Agregue o óleo e continue batendo. Aos poucos vá reunindo a farinha e mexendo. Então acrescente o chocolate. Depois, o café, que você precisa passar exatamente para esse fim e integrar forte e quente a massa do bolo. Por fim, estando tudo homogeneizado, misture as raspas de laranja e o fermento. Leve ao forno já aquecido a 180 graus por 40 minutos. Faça o teste do palito para ver se está assado. Desenforme quando morno e cubra com a calda quente. Para prepará-la, misture todos os ingredientes numa panelinha, leve ao fogo médio e assim que ferver e engrossar derrame sobre o bolo.

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