CULINÁRIA

Sanduíche de ovo

Com o aumento crescente do preço da carne, a queda do poder aquisitivo da população, e a reabilitação, por parte dos nutricionistas, do ovo como alimento saudável, essa excelente fonte de proteína tornou-se a salvação de milhões de donas de casa.

Por Sônia Machiavelli | 09/05/2021 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

1 pão de forma sem casca, fatiado (branco ou integral)

6 ovos

Maionese

1 ovo inteiro

2 gemas

2 colheres (sopa) de limão (ou vinagre branco)

2 colheres (sopa) de mostarda

300 ml de óleo (deixe 15 minutos na geladeira antes de empregar)

2 colheres (sopa) de salsinha

2 colheres (sopa) de cebolinha

 

O ovo tornou-se o alimento mais presente na mesa do brasileiro durante a pandemia. Foi vendido na rua, em carros que apregoavam “uma dúzia a nove reais”. Nos comércios de bairro, tabuletas na porta chegaram a anunciar “quinze ovos a dez reais”. Nos supermercados as ofertas eram diárias; o preço não se manteve, por conta dos insumos que subiram, mas ainda é bem razoável. Por isso o ovo deixou de ser coadjuvante para se transformar em protagonista na mesa.

Com o aumento crescente do preço da carne, a queda do poder aquisitivo da população, e a reabilitação, por parte dos nutricionistas, do ovo como alimento saudável, essa excelente fonte de proteína tornou-se a salvação de milhões de donas de casa. Frito, cozido, mexido, usado em milhares de receitas, ele garantiu o sustento das famílias de todas as regiões do país. O consumo médio anual bateu em 250 por pessoa, contra 230, a média mundial. Em 2020, registramos o recorde de produção: foram 53 bilhões de unidades; e neste ano, a projeção é de 56 bilhões, apesar da queixa dos produtores sobre a alta do preço da ração que alimenta as galinhas. Pesquisa recente que perfila o padrão de hábitos alimentares do brasileiro, mostra que metade de nossa população reconhece o ovo como o segundo melhor alimento, depois do leite.

Lembrei-me desses dados lidos recentemente ao assistir a uma live do chef Alex Atalla, que ao ser indagado sobre sua comida preferida, respondeu ser a japonesa, para emendar logo em seguida que sua boca salivava quando, em viagem a Tókio, tinha a oportunidade de saborear os sanduíches de ovo vendidos nas estações de metrô, em embalagens individuais. E para mostrar que qualquer pessoa pode fazer a iguaria, vestiu o avental e exibiu seu talento. Começou preparando a maionese caseira: colocou no liquidificador um ovo inteiro e duas gemas, juntou duas colheres (sopa) de mostarda e duas de limão ( que poderiam ser substituídas por vinagre branco), uma pitada de sal. Ligou o motor, depois de ajustar a tampa, deixando apenas a abertura menor, por onde foi juntando lentamente o óleo em fio (deixado na geladeira por quinze minutos para agilizar), continuando a bater até “montar”, que é o nome que os cozinheiros dão quando o molho encorpa. Estando pronta a maionese, ele levou seis ovos (em temperatura ambiente) para cozinhar numa panelinha e assim que principiou a ferver, contou sete minutos. Retirou-os da água fervente e dispôs numa vasilha com água gelada, para interromper o cozimento. Assim as gemas ficaram cremosas e não correram o risco de esfarelarem. Quando deu para manuseá-los, descascou-os, colocou-os numa tigela e esmagou-os com um garfo. Em seguida, juntou o molho, mexeu, agregou salsinha e cebolinha picadas. Pegou um pão de forma sem casca, tipo integral, já cortado, e pegou três fatias. Passou a maionese na primeira, cobriu com a segunda, passou outra camada de molho, fechou com a terceira. Repetiu o processo até acabar o pão. Cortou à moda oriental, ao meio, e não na diagonal, conforme costumam fazer ocidentais, especialmente norte-americanos, outros grandes consumidores de sanduíche de ovo.

A maionese caseira realmente confere um sabor muito especial. Mas se você não tem tempo nem paciência, pode fazer com a industrializada: é só juntar a mostarda, o sal, o cheiro verde. Também fica muito bom.

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