CULINÁRIA

Sardinhas Assadas

Sua gordura, o Ômega 3, ajuda o sistema cardiovascular a trabalhar melhor. E se o assunto for cálcio, os outros peixes até ficam com inveja porque ela tem uma quantidade fantástica dessa substância mineral importante para o esqueleto.

Por Sônia Machiavelli | 18/04/2021 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

Ingredientes

6 sardinhas

1 cebola média

2 tomates médios bem maduros

1 limão taiti

4 colheres (sopa) de azeite

2 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco

Salsa ou coentro a gosto

Sal e pimenta a gosto

3 batatas

 

São três explicações básicas- temperatura das correntes marítimas, localização geográfica, mistura de espécies. Elas se somam a outras para dar razão aos experts: nas águas de Portugal vivem os melhores peixes do mundo. E,para os moradores de Nazaré, ponto extremo do oeste europeu, também famoso por conta de suas altas ondas, a melhor sardinha é a deles. Mas o nome vem da ilha italiana Sardenha, onde as sardinhas apareciam em grandes cardumes, até mudarem sua rota.

Nas costas de Nazaré, onde Vasco da Gama parou antes de empreender a viagem que o faria descobridor de um caminho para as Índias, mesmo nos tempos difíceis o mar sempre teve um tesouro guardado- o peixe pequeno e prateado. Nos meses que vão de junho a dezembro as sardinhas estão gordas, no seu mais alto grau de excelência e ao serem assadas, o aroma “acorda o estômago”, como dizem por lá.

A sardinha é o alimento da longa vida, confirmam os locais amparados na própria experiência e nas pesquisas de um professor da Universidade do Porto, Pedro Carvalho. Sua gordura, o Ômega 3, ajuda o sistema cardiovascular a trabalhar melhor. E se o assunto for cálcio, os outros peixes até ficam com inveja porque ela tem uma quantidade fantástica dessa substância mineral importante para o esqueleto. “Tem mais cálcio do que o leite”, afirma Pedro, o pesquisador, que garante: “ Se for consumida em conserva, melhor ainda: o cálcio que está na espinha passa para a carne e ela fica mais rica que a fresca”,

A também pesquisadora Narcisa Bandarra, coordenadora do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar de Portugal, lembra que a sardinha em lata é uma boa opção de conserva para quem não pode consumir a fresca. “A lata mantém todas as propriedades. Por vezes há a ideia, quando se fala em conservas, de que haja a adição de conservantes e por isso não seja um produto natural. Isso não é verdade.”

Estudos recentes provam que comer sardinha reduz o risco de problemas cardiovasculares. Durante três meses, um grupo de voluntários portugueses incluiu na dieta o consumo de duas latas de sardinha por semana. Eles não mudaram em mais nada a dieta do dia a dia. Depois desse tempo, os exames mostraram que os níveis de triglicerídeos no sangue e de colesterol ruim foram reduzidos.

Nossa receita é preparada com sardinhas frescas, que às vezes conseguimos encontrar congeladas em peixarias, feiras ou supermercados. Se conseguir encontrá-las sem escamas e vísceras, melhor. Embora em Portugal sejam preparadas com as entranhas, no Brasil gostamos de limpá-las. Depois de limpas, feche-as novamente, mantendo cabeça e espinha; assim elas ficam mais bonitas. Tempere com pitada de sal, suco de limão e pimenta-do-reino se gostar. Deixe tomar gosto por meia hora e nesse tempo corte a cebola e os tomates em rodelas. Cozinhe as batatas com a casca.

Unte um refratário com azeite, acomode uma camada de cebolas, outra de tomates e sobre ambas, as sardinhas. Regue com azeite e vinagre. Tampe com papel alumínio e leve ao forno a 180 graus por meia hora. É o tempo para que cozinhem. Retrie o papel e mantenha no forno até ficarem douradas. Sirva com as batatas descascadas, cortadas em rodelas grossas e salpicadas com salsinha ou coentro- esta, uma erva excelente para temperar peixes. Ao consumir, descarte a pele e, com delicadeza , retire com o garfo os filés.

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